A Noite Oficial dos OVNIs - A Polêmica

Na noite de 19 de maio de 1986, 21 OVNI saturaram as telas de radares da Força Aérea Brasileira, mobilizando o sistema de defesa aérea nacional. Os OVNIs são perseguidos por caças da Força Aérea Brasileira, sendo testemunhados por milhares de pessoas em vários estados brasileiros.
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Por Jackson Luiz Camargo

 

 


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Introdução

O episódio de Maio de 1986, teve grande repercussão e ampla cobertura da impressa nacional. Graças à isso, o caso ganhou espaço em jornais do mundo inteiro. Naturalmente, diante de fatos assombrosos e de natureza desconhecida, especialistas de diversas áreas foram consultados pelos órgãos de imprensa. Com isso, seguiram-se variados pontos de vista, alguns apoiados em simples achismos, outros baseados em fatos aleatórios generalizados, e uns poucos apoiados s estudos mais sérios. De qualquer forma a polêmica estava implantada.

Eventos Astronômicos

Entre as explicações mais comuns, oriundas do meio científico, estão as que envolvem eventos astronômicos, notadamente meteoros, e erros de interpretação de corpos celestes.

O astrônomo Jacques Danon, então diretor do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, declarou:

"São chuvas de meteoros. A Terra passa hoje pela órbita do Halley, onde deixou partículas que agora estão caindo no nosso planeta".

Já o astrônomo José Manoel Luis da Silva, foi ainda mais enfático:

"O caso de São Paulo é nitidamente uma estrela, provavelmente a Arcturus, do Boeiro; o do Rio de Janeiro seria o planeta Venus, revelados nos próprios filmes exibidos na televisão". Podem estar associados a meteoróides oriundos da passagem do Halley".

Em ambos os casos nota-se um obvio desconhecimento de detalhes essenciais dos fatos documentados em maio e junho de 1986. A explicação mais utilizada, a de meteoros, não explica os fatos, pois a Terra é atingida por meteoros várias vezes todos os dias. Quem se afastar das áreas de luminosidade das grandes cidades, ao observar o céu à noite verá vários riscos luminosos cruzando o céu. Tais fenômenos duram, em geral, poucos segundos, e deslocam-se sempre em linha reta. Além disso, raramente são captados nos radares. Os OVNIs relatados durante a Grande Onda de 1986, foram observados por ora a fio. Tais objetos ora permaneciam estáticos, ora em deslocamento irregular, em velocidades que variavam de poucos quilômetros por hora até 15 vezes a velocidade do som. Algumas vezes, a variação de velocidade era instantânea. Também havia alteração de trajetória abrupta, e sem perda de velocidade. Um dos pilotos declarou ter avistado e captado por radar, OVNIs que deslocavam-se em movimentos de zig-zag, em alta velocidade. Outras testemunhas, em terra, avistaram objetos luminosos voando em formação. Em todos os casos não foi observado qualquer tipo de rastro luminoso. Tais características do fenômeno descrito excluem a possibilidade de tais fenômenos serem simples meteoros. Quanto à possibilidade levantada pelo professor José Manoel Luis da Silva, de que tais objetos sejam corpos celestes confundidos pelos pilotos, podemos citar o fato das mudanças abruptas de direção e velocidade, e o fato de tais fenômenos terem sido captados por radares. Isso por si só já elimina a possibilidade de ser um corpo celeste, de grande intensidade luminosa.

Espionagem ou guerra eletrônica

Entre as explicações mais bem fundamentadas para os eventos da noite de 19 de maio está a de uma possível espionagem ou guerra eletrônica, levada a cabo pelos Estados Unidos ou União Soviética. O Físico da USP, Luis Carlos Menezes declarou:

"Um país superdesenvolvido resolveu fazer um teste com os radares brasileiros. Uma manobra onde se coloca diante das telas dos radares muitos pontos não importantes de chamarizes, ofuscando o sistema de radares, que deixam os instrumentos militares, a aeronave e o foguete encobertos. Um conjunto de pequenas aeronaves teleguiadas, as quais usam pequenos foguetes com uma geometria mais bidimensional, mas plana, alguma coisa mais fina e leve, com uma propulsão própria e telecomandada".

Já Roberto Godoy, especialista em armamento, foi mais além:

"O Brasil foi espionado por algum país, alguma potência interessada em fotografar, especialmente o Vale do Paraíba, litoral sul do Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo. É a região estratégica mais importante do país: indústria bélica brasileira (primeira em armas do terceiro mundo), indústria aerospacial, Centro Tecnico Aerospacial, usina atômica de Angra dos Reis, principal terminal de recebimento de petróleo (terminal Almirante Barroso em São Sebastião), que faz ligação direta com a Refinaria da Petrobrás, no Planalto Paulista".

"Uma da aeronaves, repletas de computadores e sensores, soltam cargas externas para criar confusão eletrônica, saturação e ilusão de ótica no radar. As cargas são esféricas, cilíndricas e metálicas, que emitem luz colorida, calor e tem propulsão própria por alguns minutos".

"Tecnologia muito avançada, dominada pela União Soviética e pelos Estados Unidos, e com uma geração de atraso pela Inglaterra e pela França".

Talvez a hipótese levantada por Meneses e Godoy, seja a mais bem fundamentada de todas hipóteses apresentadas para os fatos daquela noite. Ainda assim, os fatos permanecem inexplicados. Primeiro pelo fato de que tanto Estados Unidos, quanto a então União Soviética, tinham tecnologia, já naquela época, suficiente para fotografar qualquer objeto de interesse em solo brasileiro, sem correr qualquer risco. Além disso, expor desnecessariamente aeronaves de alta tecnologia, em território desconhecido, gera custo e em caso de abate de alguma aeronave, pode resultar sério incidente diplomático. Muito risco para pouco resultado.

Outro ponto a ser considerado é o fato de que existem numerosas testemunhas, civis e militares, em terra e no ar, que avistaram os objetos. Muitos puderam constatar a forma e as dimensões de tais objetos, sendo estes geralmente circulares, com tamanhos equivalentes ao de um caça (os menores), até objetos com aproximadamente cem metros de diâmetro.

Vejamos agora a logística necessária para operar uma aeronave de pequeno porte (equivalente ao de um caça convencional):

Primeiro é preciso um veículo de transporte do país de origem para o litoral brasileiro. Isso gera custos e sua rota, por si só, gera suspeitas. Tal veículo pode ser um submarino com capacidade de transporte e lançamento de caças a partir do mar, ou um Porta-aviões. Seja qual for a escolha, temos a tripulação envolvida, os custos inerentes (mantimentos), combustível, manutenção e uma equipe de resgate à postos. Comparando estes custos, com a utilização de um satélite já em órbita, a diferença nos custos será enorme.

Em segundo lugar, em se tratando de tecnologia secreta, que deve permanecer secreta, um teste será levado a cabo, em um ambiente controlado, seguro e que permita um resgate rápido em caso de necessidade.

Em terceiro lugar, quando se desenvolve uma nova arma, são criados alguns protótipos, com a finalidade de testá-los quanta vezes for necessário. Não existe lógica testá-lo durante um mês sobre ambiente desconhecido. Além disso, foram 21 OVNIs simultâneos em território brasileiro, e várias dezenas nos dias seguintes. Alguns com 100 metros de diâmetro.

Em quarto lugar, se houve guerra eletrônica para saturar o radar, houve lançamento de cargas, conforme descrito pelo professor Godoy. Entretanto, nada se achou que sustentasse tal teoria. Nem um único fragmento foi encontrado.

Em quinto lugar, temos o comportamento do fenômeno, que mostrou-se claramente inteligente. Em dado momento da perseguição, um dos caças F-5 envolvido, foi escoltado por 13 objetos, sendo 6 de um lado e 7 de outro lado da aeronave, voando como alas do caça. O piloto fez um looping para encarar os objetos, mas estes acompanharam a manobra do início ao fim.

Em sexto lugar temos tecnologia empregada. Objetos com 100 metros de diâmetro, voando a Mach 15, fazendo curvas de 90º sem perda de velocidade. Tal tecnologia traria muitos e muitos lucros à quem a detém. Porém, ainda hoje, ao final do ano de 2010, não temos uma aeronave que voe a tal velocidade, com tais características.

Declarações contraditórias

Alguns cientistas tiveram uma infeliz participação no debate gerado pelos casos de maio de 86. Estes, ora apresentavam uma explicação, como sempre ignorando ou omitindo detalhes, ora apresentavam outra que contradizia a primeira. Algumas declarações causam assombram a ponto de nos fazer questionar se o autor das mesmas é realmente um cientista gabaritado como se alega.

Um destes foi o físico, jornalista e professor Paulo Marques, que é o autor destas pérolas abaixo:

"Responsáveis homens da ciência supervalorizaram, de forma apressada e impensada, o aparecimento, nos céus de São Paulo, dos tais OVNIs".

"Discordo de um notável vidente destes OVNIs, o atual presidente da Petrobrás, o coronel Oziris Silva".

"A vida em outros planetas da nossa Via Láctea é um verdadeiro absurdo".

"Era noite de Lua Cheia. A luz da lua refletiu no corpo do avião. Os radares detectaram meteoros".

"São OVNIs espiões dos EUA e a URSS, que lançam aeronaves não tripuladas e movidas a controle remoto".

"Quero, como brasileiro, que meu veículo continue a ser movido a derivados de petróleo, e não por energias cósmicas, como talves poderá pretender o coronel Oziris".

Nota-se claramente uma forte influência pessoal nas declarações. Deixou-se o "conhecer para opinar" de lado e adotou-se o discurso pseudo-cetico preconceituoso. Enfim, posicionamento lamentável.

Outros cientistas, como José Zats, Físico, e o próprio Paulo Marques, em uma de suas declarações, atribuiu o fenômeno à reflexos. Ora, temos milhares de testemunhas, que avistaram OVNIs, em vários estados brasileiros, das 18:30 às 4 horas da manhã, que voavam de formação, descreviam manobras inteligentes, faziam curvas de 90º sem perda de velocidade, sendo captados simultâneamente por 50 radares em diferentes localidades do país. Um reflexo é uma explicação no mínimo ridícula.

Rogério Cezar Cerqueira Leite, físico e membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo.

"Pode ser puramente um fenômeno atmosférico ou falha nos instrumentos".

Alguns cientistas, mais ponderados, embora não admitissem a existência dos OVNIs, não os negaram precipitadamente. É o caso dos físicos Mario Schemberg e Aydano Barreto Carleial, que prestaram declarações neutras a respeito dos casos.


Acesse outras informações sobre este caso:

Resumo do Caso
Saiba tudo o que aconteceu na noite de 19 de maio de 1986.

Os Testemunhos
Depoimentos contundentes daqueles que testemunharam as aparições de OVNIs.

A Polêmica
Detalhes sobre a polêmica decorrente dos avistamentos em 19 de maio de 1986.

A Onda de Maio/Junho de 1986
Confira os casos ocorridos entre 15 de maio e 15 de junho, numa das mais intensas ondas ufológicas da década de 1980.

Documentos Oficiais
Acesse aqui os documentos oficiais da Força Aérea Brasileira referentes ao Caso de Maio de 1986.

Gravações em Áudio das Comunicações
Gravações em áudio das comunicações entre os Centros de Controle e aeronaves envolvidos nas perseguições.

Reportagens
Coletânea de reportagens de jornal noticiando o caso de Maio de 1986.


Commentics

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Referências:

- Livros
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- Boletins
  •  

 


- Artigos de Revistas
  • ATHAYDE, Reginaldo. Discos Voadores atacam no Ceará. Revista UFO, Campo Grande, nº 4, p. 12-14, junho/julho 1988.
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  • REIS, Carlos Alberto. Voltam os discos voadores (e com intensidade máxima)! - UFOs no Brasil: O que acontece depois?. Revista PSI-UFO, Campo Grande, nº 1, p. 29-31, setembro 1986.
  • GRANCHI, Irene. OVNIS Entre o céu e a Terrra: Não se tapa o Sol com a peneira!!!. Revista PSI-UFO, Campo Grande, nº 1, p. 32-35, setembro 1986.
  • GEVAERD, Ademar. Aconteceu Tudo de Novo: Voltam os OVNIs!. Ufologia Nacional e Internacional, Revista UFO, nº 10, p. 04-07, outubro 1986.
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  • BOAVENTURA JR., Edison. Maio de 1986... Continua o silêncio!. Boletim Supysáua, nº 40, p. 6-7, abril/junho 1996.
  • PETIT, Marco Antônio. A Noite "Oficial" dos UFOs - Três horas que estremeceram e colocaram em alerta as instituições aeronáuticas brasileiras. Revista UFO, nº 99, p. 22-25, Maio 2004.

 


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