Caso Charles Cozens

Por: Fenomenum Comentários: 0

Interessante caso de pouso de discos voadores, com efeitos fisiológicos na testemunha, ocorrido em Hamilton, Ontário, Canadá.

Transcrição de trecho do Livro UFO – Observações, Aterrissagens e Sequestros, de Yurko Bordachiuk

O único outro caso canadense envolvendo um contato físico com um UFO teve lugar em Hamilton, Ontário, mais ou menos um ano antes do episódio com Michalak.

Por volta das 21:15 hs, da noite de 29 de março de 1966, Charles Cozens, 13 anos na época, perambulava por um campo situado nos fundos da Guarnição da Polícia Montada de Hamilton. De repente, um objeto luminoso e oval desceu do céu rumando em sua direção, seguido de perto por um outro. Assustado, o rapaz procurou proteção por trás de uma cerca, de onde pôde observar o espetáculo. Enquanto a nave metálica pousava sobre a relva, ele ouviu claramente um ruído semelhante à um zumbido. Ele observou, em torno da borda dos objetos, que tinham cerca de oito pés de diâmetro, uma fileira de luzes multicoloridas, iluminando a relva ao seu redor, “piscando como um computador”.

Alguns instantes depois, Charles resolveu aproximar-se dos objetos para observá-los mais de perto. Quando se achava do lado deles, sentiu, subitamente, uma necessidade urgente de tocá-lo, o que fez. Ficou surpreso ao descobrir que a superfície era dura e lisa, igual ao metal polido. “Não tive sensação de calor ou frio, logo eles deviam ter a mesma temperatura do corpo”, relatou ele.

Um dos aparelhos tinha um antena comprida, e com o aspecto de um fuzil, que se projetava de uma das extremidades, e Charles percebeu que “era mais grossa na base e afilando-se até ficar do tamanho de uma moeda na ponta”. Tocou na antena, esta piscou e ele recebeu um choque elétrico. Apavorado, disparou na direção da guarnição da polícia.

“Eu estava correndo para contar a alguém… mas quando olhei para trás, já tinham partido. Pensei que a polícia não iria acreditar em mim, por isso corri para casa para contar aos meus pais”.

Seus pais notaram a marca amarelada e com a extensão de três polegadas deixada pela queimadura na sua mão e, antes de notificar as autoridades, fizeram-lhe várias perguntas. Quarenta e oito horas após o incidente, seu pai levou-o ao hospital para que fosse examinado e saber se havia sofrido alguma radiação. O diagnóstico foi de que o rapaz fora vítima de uma queimadura leve de primeiro grau que ficou curada em uma semana. Embora Charles tivesse estado em contato direto com o aparelho, não sofreu outros efeitos adversos.

Na noite seguinte, Lawrence E., e o irmão Owen, dois outros jovens de Hamilton, contaram ter visto dois objetos “voando baixo sobre a cidade e diferentes de qualquer outra coisa que jamais tivessem visto”. Conquanto não pudessem distinguir a sua forma de encontro ao céu noturno, ambos disseram que luzes intermitentes vermelhas, azuis e verdes eram acompanhadas por um “barulho igual a um zumbido, totalmente diferente de um avião”. Esta observação deixou os dois rapazes extremamente perturbados.

Os repórteres do Hamiltons Spectator, ao checarem a história com o objetivo de publicá-la, foram informados pela Air Canada que nenhum avião tinha passado sobre Hamilton às 21:15 da noite, no momento em que os objetos tinham sido avistados.

Ambos estes episódios coincidiram com a onda de observações que teve lugar na região setentrional de Ontário – entre Windsor e Toronto – e cuja duração foi de uma semana. Esta foi a mais intensiva e amplamente divulgada “onda” jamais registrada no Canadá. Perturbado por estas manifestações ufológicas, Willian D. Howe (NDP – Hamilton South) solicitou na Casa dos Comuns que o governo revelasse que tipo de investigação o Canadá estava realizando.

Em resposta, o então ministro-adjunto da Defesa Nacional, Leo Cadieux, assegurou a Mr. Howe que iria recomendar ao conselho de Pesquisa da Defesa “para iniciar uma investigação que teria os resultados que o ilustre membro está desejando”.

Jamais foi revelado se o Conselho de Pesquisa da Defesa, ou qualquer outro órgão deste tipo, tivesse realmente investigado as observações ocorridas durante aquela onda que demorou uma semana. Mas esta onda, conjugada à crescente preocupação parlamentar, parece ter desencadeado, por parte do governo, uma era aberta de investigações. Nos dois anos que se seguiram, o gabinete da Diretoria de Operações da Defesa (DOPS), do Quartel-General das Forças Armadas Canadenses, em Otawa, ficou encarregado do exame das observações comunicadas; muitas delas, após um profundo exame, continuaram inexplicáveis a não identificáveis. O DOPS, embora nunca tivesse admitido abertamente a possível existência dos UFOs, chegou a afirmar que eles não representavam uma ameaça à Segurança Nacional.

 

 

Charles Cozens, em fotografia obtida a partir de jornal da época.

 

 

Desenho da testemunha representando seu avistamento.

 

Referências:


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