Ataques no Rio de Janeiro se confundem com mutilação

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Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997.


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Por Orlando Barbosa de Souza Junior

 

Estranhas ocorrências nos últimos meses no Rio de Janeiro intrigaram e atraíram biólogos, veterinários e ufólogos. Infelizmente, o rótulo Chupacabras – extremamente nocivo ao desenvolvimento de um estudo sério – criou dificuldades à pesquisa ufológica, gerando pânico e desacreditando-a, em conseqüência do sensacionalismo e das distorções dos fatos. As mutilações por extraterrestres não são uma novidade. Nos últimos 50 anos, foi registrado, em quase todos os países do mundo, que eles abduzem animais para experiências biológicas. Inúmeras versões são dadas a essas supostas criaturas. Alguns depoimentos são oriundos da má interpretação dos fatos, associados a antigos contos envolvendo lobisomens, vampiros, zumbis – lendas da época de nossos avós que induzem as pessoas a interpretarem erroneamente o que os antepassados também não compreendiam.

Personagens como o Chupacabras podem ser enquadrados nessa mesma categoria. Antes, porém, analisemos informações precisas sobre os animais mortos no interior do Estado. Segundo o ufólogo Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigações de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e co-editor de UFO, mais de 90% dos casos tratam-se de ataques de animais predadores como lobos, furões, onças etc. Somente uns poucos podem estar supostamente ligados a ensaios biológicos de extraterrenos. Como pude constatar, as investidas do famoso ser são ponto comum para os jornais cariocas, além de outros estados, que mobilizam equipes de reportagem para apurar dados em quase todas as ocorrências.

Um exemplo disso é o jornal O Dia, que em 14 de junho passado contatou-me para acompanhar a repórter Rachel Vita até uma cidade próxima, Senador Camará (RJ), onde nove gansos apareceram mortos de maneira sinistra. Seguimos para o local eu, Rachel e o fotógrafo Carlos Moraes. Porém, antes passaríamos pela Favela Matinoré, no Bairro do Jacaré. Conforme a jornalista, o veículo de comunicação em que trabalha recebeu ligações telefônicas daquela comunidade, alegando que duas cabras tinham morrido misteriosamente. Estávamos convencidos de que eram predadores, mas ao deparar-nos com os animais mortos, percebemos que nem tudo tinha explicação lógica e natural.

Cadeia alimentar

Antes de analisarmos as mutilações sobre o prisma extraterreno, devemos ressaltar um fato que tem sido observado em todo o planeta: o intenso desmatamento provocado pelo homem. Tal procedimento desmedido cria um grave desequilíbrio na cadeia alimentar da fauna terrestre, extinguindo ou afastando de certas regiões espécies que serviriam de alimento a lobos, jaguatiricas, gatos-do-mato etc. Por isso, na ausência de caça, os predadores se aproximam de fazendas, sítios ou estâncias, atacando os rebanhos de gado, ovelhas, cabras, galinhas e até mesmo animais domésticos como gatos e cachorros.

Outro fator que não pode passar despercebido é o comportamento animal. Geralmente, os predadores ao se aproximarem das criações entram em estado de excitação, conhecido com “frenesi alimentar”. Costuma-se até questionar por que um animal predador mata tantas presas sem as devorar. Os animais de criação, ao notarem a chegada de um predador, assustam-se e correm de um lado para outro. A fera geralmente se excita com essa reação, matando vários de uma só vez, sem comê-los. Isso acaba gerando mais problemas para as investigações ufológicas, pois os animais mortos surgem aparentemente sem sangue.O que ocorre é uma hemorragia interna, conforme mostram laudos veterinários. Por isso, o ufólogo deve estar atento às possíveis variantes de uma pesquisa de campo referente às mutilações por seres extraterrestres. Um equívoco pode comprometer e mascarar as verdadeiras estatísticas ligadas diretamente ao estudo. Portanto, é imprescindível que o pesquisador sempre procure orientação técnica de veterinários através de laudos de necrópsia, teor radioativo, odores de produtos químicos, pegadas, restos cirúrgicos, vegetação calcinada e avistamento de luzes antes, nos locais onde aparecem animais mortos sob suspeita de terem sido abduzidos por seres alienígenas.

Em relação às autênticas mutilações causadas por extraterrestres, a Ufologia esbarra num procedimento padrão. Via de regra, as mutilações se processam com a extirpação cirúrgica de órgãos, detectando-se na carcaça dos animais forte odor de produtos químicos, além de teor radioativo. Geralmente, os animais encontram-se sem sangue. Os cortes aparecem como pequenos furos de 3 a 6 cm de diâmetro em partes específicas do corpo. Os elementos extraídos são úbere, vísceras, língua, olhos, cérebro e órgãos sexuais. Nas fêmeas há retirada de vagina, útero e ovários de uma única vez, através de cortes cirúrgicos cônicos que demostram elevada técnica, muito além dos nossos conhecimentos anatômicos.

Nos machos há a retirada do pênis, saco escrotal e testículos – especialmente em cavalos e touros. Ainda ocorrem finíssimos cortes cirúrgicos nos lábios, orelhas e globos oculares, além da extração de tiras ou secções inteiras de couro, sem traços de incisões dos músculos internos. As cobaias são os animais sadios de uma manada. Em geral, urubus e os próprios predadores evitam se alimentar de animais utilizados pelos extraterrestres em experimentos – cavalos, gado, ovelhas, cabras, aves e, eventualmente, cães e gatos.

Constatação dos fatos

Ao chegarmos à Favela Matinoré, pudemos notar um verdadeiro estado de pânico e indignação entre as pessoas. As duas cabras prenhes encontravam-se mortas, não mais que 50 m uma da outra. Segundo Rachel, as características de possíveis dilacerações nas carcaças das cabras eram parecidas com as dos nove gansos de Senador Camará. Duas delas foram levadas para a Fundação Rio Zôo e necropsiadas pelo veterinário Luiz Paulo Fedullo. A imagem na favela era preocupante. De imediato, percebemos que ambas as cabras estavam caídas identicamente com as patas dianteiras dobradas, dando a impressão de que tinham sido jogadas do alto. Uma delas, inclusive, estava dentro de um pequeno córrego pútrido. Com a ajuda de Josué Pereira, dono dos animais, e Wesley Antunes, retiramos o animal da vala e o colocamos próximo à outra fêmea, que se encontrava numa depressão do terreno.Via de regra, as mutilações se processam com a extirpação cirúrgica de órgãos, detectando-se na carcaça dos animais odor de produtos químicos, além de teor radioativo. Geralmente, ficamsem sangue. Os cortes possuem pequenos furos de 3 a 6 cm de diâmetro em algumas partes do corpoO pior é que nem a carne das cabras poderia ser aproveitada, pelo menos até que se tivesse mais evidências do ocorrido. Pois, se os animais tivessem realmente sido utilizados em ensaios biológicos extraterrenos, fatalmente todos poderiam se contaminar, ou já estar contaminados, por algum teor de radiação. Sem luvas, sem contador Geiger [Editor: aparelho utilizado para medir o índice radioativo] e sem instrumentos apropriados para uma investigação mais detalhada, nossa única saída era solicitar que autoridades da saúde e higiene pública submetessem os animais a uma necrópsia. No entanto, o repórter Antônio Carlos Guimarães, do jornal A notícia, informou-nos que nenhuma providência havia sido tomada, e os moradores já haviam enterrado os animais. Pelo pouco que pudemos observar, dá para se crer na hipótese extraterrena. E os fatos que se sucederiam 48 horas depois confirmariam nossas suspeitas.

Análise imediata

A observação próxima aos animais nos permitiu notar estranhas marcas escuras em forma de garras, com três pontas no dorso traseiro e acima do pescoço de cada um deles. Examinamos detidamente toda a área atingida, tentando identificar dilacerações, arranhões ou perfurações causadas por unhas. Nada conseguimos correlacionar à garra de um possível felino. Outro fato curioso: havia um leve processo de calcinação da pele e pêlos dos animais. Na fêmea encontrada no córrego, havia duas perfurações paralelas de 1 e 3 cm de diâmetro respectivamente, do lado direito, na altura da costela. Pela perfuração maior podia se observar a posição do feto envolvido em sua bolsa.

Ambas encontravam-se totalmente sem sangue. Na secção do pescoço, onde se localiza a jugular do animalhavia outra perfuração de 2 cm de diâmetro, pela qual o sangue foi completamente retirado. A segunda fêmea apresentava as mesmas características, porém com um detalhe chocante: na parte traseira, a coluna vertebral foi seccionada, deixando à mostra uma das vértebras, e a parte da musculatura dorsal terminal foi completamente extirpada. Por uma perfuração de aproximadamente 10 cm de diâmetro, o feto foi retirado junto com a bolsa envoltória e deixado ao lado da mãe, que apresentava também perfuração de 3 cm de diâmetro acima da jugular, e uma menor na virilha.

Não havia vestígio de luta ou derramamento de sangue. Parecia ser um trabalho cirúrgico, executado por algo ou alguém que provavelmente conhece a fundo a anatomia desses animais. Com auxílio imediato de moradores vasculhamos todo o terreno, sem encontrar qualquer indício que direcionasse nossas investigações a uma hipótese mais contundente. É extremamente difícil e tortuoso conceber o ataque de um predador naquela área, porque logo em frente passam trens urbanos e o metrô, de um lado há uma rua extremamente movimentada, do outro, um declive no terreno, vigiado constantemente por membros do narcotráfico. Como uma fera passaria despercebida diante de olhares tão atentos? Pela posição dos animais encontrados no terreno e as estranhas marcas de garras no dorso dos animais poderia haver uma correlação com os padrões de abdução de animais ao interior dos UFOs, onde são submetidos a ensaios biológicos e, de lá, jogados novamente contra o solo.

Demônio veloz

Um menino que vive em Matinoré, Rodrigo Rodrigues, contou que viu a mesma marca estranha no dorso dos animais impressa no solo do terreno constituído de argila. O garoto fez um desenho do que realmente presenciou, pois a marca foi apagada pelos curiosos transeuntes. Seu desenho conferiu com as insígnias que encontramos nos corpos. Pedimos para que ele nos levasse aonde encontrou a estranha marca, isto é, a poucos metros do primeiro animal. As supostas garras eram maiores do que a mão humana.

Por isso, evidentemente, poderiam apreender e até mesmo levantar um animal como aqueles, desde que possuísse suportes metálicos resistentes o suficiente. Entretanto, alguns dias depois, notamos uma nítida distorção e mistificação do que foi desenhado pelo menino e divulgado com sensacionalismo pelo jornal A notícia: “Um demônio de garras poderosas e que se deslocava a 300 km/h é o responsável pelo ataque dos animais” – foi a manchete. Misteriosamente o desenho desapareceu. Mais tarde, outra reportagem sensacionalista acarretaria em mais problemas para as pesquisas e investigações.

Em Senador Camará, contatamos o senhor Antônio Nunes e seu filho Fábio, que nos levaram ao terreno onde os gansos foram encontrados mortos. Na verdade, um viveiro onde coabitavam galinhas também. Preliminarmente, pudemos observar sinais de luta, pois havia muitas penas espalhadas. A senhora Marli Sales, esposa de Antônio, explicou que ao chegar ao galinheiro pelo amanhecer um dos gansos ainda estava vivo. Como existiam vestígios de sangue próximo a uma parede, pudemos registrá-los fotograficamente.

Em toda a área do galinheiro havia somente penas de gansos espalhadas, e não encontramos nenhuma pena de galinha. Ao examinar os cadáveres, já em adiantado estado de putrefação, não tivemos mais dúvida: aqueles gansos tinham sido vítimas de um animal predador cuja espécie não pudemos identificar. Mas, por que as galinhas não tinham sido atacadas? Então chegou ao local a equipe da Vista Nova Produção, comandada pela jornalista Adriana Brasileiro, para fazer uma reportagem a ser exibida no programa Estranho universo, de uma TV a cabo americana, sobre o que vem ocorrendo aqui no Brasil.

As nossas suposições coincidiram com o laudo do veterinário da Fundação Rio Zôo que realizou a necrópsia num dos gansos. Segundo o doutor Luiz Paulo Fedullo, as aves foram mortas, possivelmente por furões – carnívoros silvestres muitos vorazes, provenientes do Parque da Pedra Branca, localizado a menos de um quilômetro do local. O laudo e as conclusões de Fedullo foram coerentes com o que pudemos analisar no local. Entretanto, houve divergência com os donos dos animais que insistiam na existência do Chupacabras.

Conforme Valdir Oliveira e Lúcia Maria, moradores do bairro em que os gansos foram atacados, um estranho ser peludo se dirigiu para os limites do parque no dia das mortes, com um andar desengonçado, semelhante ao de um macaco. Outro morador, Carlos Eduardo, garantiu que às vezes observa-se uma luz estranha com formato cilíndrico próximo ao Pico da Pedra Branca. Depois de exaustiva pesquisa com diversos moradores da região, nada encontramos para confirmar tais depoimentos.

Ao terminarmos definitivamente as investigações, adentramos novamente o terreno onde ainda estavam os dois gansos e as galinhas que não haviam morrido. Conseguimos então entender por que as galináceas escaparam da mira do pretenso Chupacabras ou mesmo de um autêntico predador: no fundo do terreno, existe um grande emaranhado de galhos de árvores retorcidos. Provavelmente quando houve o ataque do predador elas se empoleiram, permanecendo quietas e camufladas por entre as folhas. Os gansos, por não possuírem as mesmas adaptações, foram presas mais fáceis. Há porém uma contradição: a filha mais nova do senhor Antônio, Michele Nunes, garantiu-nos que apenas sete gansos tinham sido atacados. Os outros dois penáceos teriam morrido três semanas antes desse fato, aparentemente de causas naturais.

Já de volta à cidade, dirigimo-nos ao zôo para contatar o veterinário que fez a necrópsia nos gansos. Tencionávamos entrevistá-lo, mas doutor Fedullo parecia constrangido e era muito cauteloso em suas declarações. Começamos a notar um comportamento hostil por parte dos funcionários da Rio Zôo, principalmente da assessora de Imprensa do estabelecimento. Esta manteve-se atenta a tudo o que conversávamos, mesclando expressões faciais de ironia e severidade.

Até que finalmente as cartas foram colocadas à mesa: ordens expressas foram dadas ao doutor Fedullo para que ele não opinasse a respeito de mais nada. Adriana ainda tentou fazer uma filmagem, mas o perito foi taxativo: “Em hipótese alguma. Recebi orientações de meus superiores de que não posso estar vinculado à sua pessoa ou a qualquer ufólogo”, disse apontando para mim. Infelizmente, vivemos num mundo em que um profissional não pode tomar decisões em seu posto de trabalho em conseqüência de uma política vil que reprime o Fenômeno UFO. Porém os laudos do veterinário foram de grande valia para as conclusões de nossas pesquisas.

Dias depois, eu e Beatriz Cardoso, jornalista da revista Manchete, retornamos à Favela Matinoré, onde moradores faziam vigília, armados de foices e ancinhos. O objetivo era capturar o suposto Chupa-cabras em ação. Depois de muito conversarmos, pudemos ter então uma posição ainda mais precisa em relação ao que ocorreu naquela madrugada, com base em outros depoimentos como o do morador Wesley Antunes. “Acordei com as cabras gritando, por volta de 03:00 h. Abri a porta e olhei na direção delas. Estavam a uns 70 m de distância, agitadas, correndo de um lado para outro. Tive vontade de me aproximar, mas algo me impediu de caminhar até elas”, declarou a testemunha. Wesley comentou que naquela tarde um grupo de urubus desenterrou uma das cabras e nenhum deles se alimentou da carcaça. Como ele nos disse que não haviam enterrado novamente o animal, pedimos para que nos mostrasse o local.

Carcaça magnetizada

A cabra, em estado de decomposição avançada, estava intacta, sem qualquer indício de que os urubus tivessem ao menos beliscado sua carniça. Não havia qualquer perfuração ou dilaceração típica, provocada pela presença de urubus. Mais uma vez lamentamos não possuir um contador Geiger nem ao menos um magnetômetro. Por sorte, um rapaz nos emprestou uma bússola. Caso nossas suspeitas tivessem algum tipo de fundamento esse aparelho poderia inclusive aferir se havia um desequilíbrio eletromagnético no corpo do animal. Ao colocarmos próximo à vítima, o equipamento, então, começou a girar de forma descontrolada.

Supõem-se que isso tenha acontecido devido ao campo eletromagnético ter sofrido uma espécie de interferência dos cabos elétricos de alta voltagem acima de nós. À medida que nos afastávamos da rede elétrica, a bússola voltava a funcionar de maneira correta. Repetimos a experiência várias vezes, usando sempre as mesmas técnicas. Ao meu lado, além de Beatriz Cardoso, estava o fotógrafo Orestes, também da revista Manchete, que acompanhou atentamente todo o procedimento de análise e investigação. Se aquele animal tivesse sido vítima de um ensaio biológico por extraterrestres, fatalmente èè seu campo magnético estaria alterado. Com a bússola na altura do crânio da cabra, o ponteiro girou descontroladamente por alguns segundos. Em repetidas vezes os resultados foram os mesmos: a carcaça do caprino estava realmente magnetizada, por isso, aconselhamos Wesley a enterrar o animal novamente – não sabíamos até que ponto aquela magnetização poderia ser prejudicial.

No dia seguinte, uma manchete de jornal chamou-nos a atenção: “Zôo em alerta”. Segundo o jornalista Antônio Carlos Guimarães, “…um exército de 30 homens armados e munidos de radiotransmissores estavam de prontidão no zoológico do Rio, em São Cristóvão”. Se realmente as autoridades não acreditam em Chupacabras ou extraterrenos por que todo esse aparato? E onde teria parado o desenho feito por Rodrigo Rodrigues três dias antes? A resposta viria naquela mesma tarde.

Suspeitando de que a ilustração do menino seria utilizada para outros fins, preparei um documento para a Imprensa esclarecendo o que tinha ocorrido. O documento trazia todos os tópicos necessários para diferenciar supostos ensaios biológicos de extraterrenos, e ataques de animais predadores. Por volta das 15:00 h, um repórter do jornal A Notícia procurou-me por telefone, avisando que uma fotógrafa passaria em meu local de trabalho para tirar algumas fotos minhas com o desenho. Para a minha surpresa, a ilustração, que estava sob o poder do jornalista, encontrava-se totalmente alterada. De uma suposta “garra metálica de apreensão” evoluiu misteriosamente para as patas de um “demônio infernal”, conforme a notícia publicada no dia seguinte, 19 de julho. O estranho fenômeno de mutilações de animais conhecido como Chupacabras voltou a ocorrer em 07 de julho. Dessa vez, no Bairro Usina, em Porto das Caixas, em Itaboraí, a 60 km do Rio de Janeiro, no Sítio Santo Antônio, de propriedade do senhor Oraci Silva de Souza.

Cinco galinhas, quatro patos, dois marrecos, dois carneiros, uma ovelha e seu filhote, além de uma égua, tiveram as vísceras extraídas. Naquela noite, o fenômeno também visitou o Sítio do Vovô e atacou dois porcos, deixando-os sem as vísceras. O proprietário não quis aparecer e nem emitir opinião a respeito. O senhor Oraci informou que nos meses subsequentes ao Natal passado, sua criação foi atacada e morta de maneira misteriosa, só sobrando uns poucos animais, entre eles, uma égua.

Entretanto, algum tempo depois, esse animal também apareceu morto com um corte no pescoço, parecendo ser alguma incisão feita por instrumentos cirúrgicos, e com as vísceras retiradas pela vagina. “Foi horrível. Minha mulher chegou em casa gritando que um monstro tinha atacado a égua. Suas vísceras estavam à mostra, como se tivessem sido sugadas através da vagina”, reclamou Oraci. Ao que tudo indica, as mutilações já estavam ocorrendo muito antes do que pensávamos. A princípio, muitos acreditavam que o exterminador dos bichos era o caseiro João, supostamente envolvido com rituais de magia negra. Outros supunham que se tratava da maldição do antigo dono do sítio: o tabelião Gilson Mendes Peixoto, que se enforcou há dois anos numa árvore.

Personagem lendário

A abordagem errônea da mídia acabou gerando pânico e piadas de todo o tipo, inclusive abrindo espaço para a imposição de antigos dogmas religiosos de que o diabo é o agente causador de todos esses transtornos. Assim como nos Estados Unidos – país que possui um elevado número de mutilações de animais em ensaios biológicos extraterrenos –, no Brasil, há uma grande abertura na Imprensa para a denúncia de grupos ou seitas demoníacas que estão por trás de casos ufológicos.

O homem do campo sempre ouviu falar de estranhas histórias de bolas luminosas, criaturas humanas gigantes ou pequenas, lobisomens e coisas do gênero. Se uma pessoa de pouca cultura presenciasse um ensaio extraterrestre sem compreender que nada é produto de um mundo sobrenatural, com certeza, iria acrescer em seu relato algo a mais, mesmo sem tê-lo visto. Não por ser mentirosa, mas porque em sua mente ainda se encontra o registro de antigas histórias contadas por seus pais e avós.

Na concepção pura do rurícola, ele acaba misturando fatos com contos. A descrição do que veio a ser um Chupacabras, no México, assemelha-se muito à tipologia gray. Se retirarmos todas as alegorias e adereços do seu corpo, poderemos notar uma certa semelhança com os visitantes, que, segundo a literatura ufológica, são responsáveis por coleta de espécimes animais e vegetais. O livro Os observadores, de Fowller, descreve as qualificações desses seres como os “zeladores das formas de vida do planeta”. É certo que esse homem campestre desconhece os alienígenas como tais. Mas os ufólogos não. Se percorrermos o mundo todo, sempre ouviremos descrições de seres estranhos que, com certeza, serão confundidos ou adaptados a antigas lendas de acordo com a região onde se localizam.

Todos os fatos ocorridos e analisados em Matinoré declinam para a hipótese de serem ensaios biológicos de extraterrestres. As perfurações e incisões nos corpos das cabras são idênticas às encontradas em outras regiões do planeta, onde existem ocorrências semelhantes registradas. Ainda dentro do procedimento padrão apresentado pelas mutilações de animais, é relevante o comportamento de algumas aves, evitando comer restos de outros animais, além de um certo grau de magnetização dos corpos, mesmo não checado qualitativa e quantitativamente. De qualquer modo, é comum constatar em animais mutilados um tipo de desequilíbrio magnético.

Outro fator a ser considerado é o de que a área é totalmente cercada por muros, casas, indústrias, ruas, pessoas que circulam pela comunidade, além de um rigoroso esquema de segurança estabelecido pelo narcotráfico. Além disso, não foram encontrados buracos, canais, túneis ou pequenas ilhas de vegetação que pudessem abrigar alguma espécie animal de hábito noturno e predador. Também é difícil conceber que animais silvestres, extremamente sensíveis às alterações ambientais, viessem a sobreviver em meio a uma quantidade enorme de detritos orgânicos e inorgânicos presentes naquele ambiente. Contrapondo-se a isso, a grande área que constitui a Favela Matinoré permite a descida de aeronaves e helicópteros.

Hipoteticamente, se um UFO tivesse sobrevoado aquele local, poderia ter abduzido as cabras, sem que para isso tivesse que ser exposto ou observado por alguma testemunha. Com relação ao animal encontrado no Morro do Borel, consideremos os cortes e incisões cirúrgicas observadas praticamente idênticas às catalogadas na fenomenologia das mutilações.

Pelos laudos aferidos pelo veterinário da Fundação Rio Zôo e da constatação in loco do Centro de Pesquisas Exobiológicas do Rio de Janeiro (CPERJ), atestamos que as mortes dos gansos em Senador Camará são simplesmente ataques de animais predadores, além de grande sensacionalismo em torno do fato.

Mediante a qualificação profissional de que disponho em ciências biológicas, posso afirmar que a maioria dos casos registrados de animais que surgem mortos em circunstâncias misteriosas não passa de equívoco. Tais óbitos estão única e exclusivamente relacionados aos ataques de predadores silvestres. Porém, é importante ressaltar que tanto as cabras, encontradas mortas nos bairros Matinoré e Borel, como a égua, em Porto das Caixas, enquadram-se ao procedimento padrão de mutilações de animais em ensaios biológicos por criaturas alienígenas.

Carnificina no Borel

Outra mutilação ocorreu no Morro do Borel, no bairro carioca da Tijuca, em 21 de julho passado. Uma cabra prenhe foi atacada de madrugada, num pasto que fica no ponto mais alto do morro, conhecido como Chácara do Céu. Segundo o proprietário Severino Pedro Salustino, “…esse monstro só deixou a carcaça, sem nenhum órgão dentro. Até os fetos ele sugou. O que atacou a cabra não é coisa desse mundo”. O animal apresentava uma perfuração de aproximadamente 2 cm de diâmetro acima da jugular, pela qual teve todo seu sangue retirado. Na parte abdominal, havia outro orifício, com cerca de 25 cm de diâmetro, por onde foram extraídos os órgãos internos e os fetos.

Segundo um dos operários que trabalha no projeto Favela-bairro, no Borel, “…só o diabo seria capaz de tanta maldade”. Salustino está assustado com a mutilação da cabra e não acredita que a criatura que atacou o animal seja deste mundo. Ele mesmo constatou que as perfurações no pescoço e no abdômen da cabra pareciam cortes cirúrgicos. Acreditamos que os fatos ocorridos no Rio de Janeiro demonstram dois fenômenos que ocorreram simultaneamente: ataque de animais predadores e abdução e mutilação de algumas espécies animais para ensaios biológicos por extraterrenos. Dados estatísticos referentes a esses ensaios são muito pequenos se comparados aos ataques de feras predadoras.

Desde que o fenômeno Chupacabras começou a ocorrer no Caribe, a Imprensa registrou fatos que caíram na especulação jornalística, e que nada têm a ver com o Fenômeno UFO. Se os veículos de comunicação tivessem realizado um trabalho de cobertura profissional, chegariam às mesmas conclusões, colaborando para que ficasse nítido à opinião pública o que é de âmbito terrestre ou não. O fato é que todos os laudos emitidos por universidades e peritos em relação a ataques de predadores têm sido manobrados maldosamente, produzindo em certos momentos, atritos desagradáveis entre muitos pesquisadores que estão em posição antagônica em relação à questão.

Dúvidas remanescentes sobre Chupacabras

O chefe de veterinária da Fundação Rio Zôo, Luis Paulo Fedullo, censurado por mencionar em público a necrópsia que efetuou nos nove gansos de Senador Camará (RJ), prestou alguns esclarecimentos técnicos sobre as incansáveis dúvidas que atingem a população. Por não possuir nenhum argumento que comprove sua origem, o veterinário, apoiado por Getúlio Ramos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, não apresenta em suas respostas características fiéis do que seria o tal predador, mas oferece subsídios científicos para as testemunhas distinguirem ataques de animais silvestres.

Existe algum animal conhecido pela ciência que sugue todo o sangue de sua vítima?
Não. Os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) não matam suas presas. Eles mordem a vítima e lambem o sangue até ficarem saciados. Geralmente atacam isoladamente. Sua saliva tem uma substância anticoagulante, que faz com que a ferida continue sangrando enquanto não terminam de se alimentar.

Qual o volume de sangue de uma cabra e de um ganso?

No caso de mamíferos como cabras, o volume de sangue corresponde a 6% do peso total. Em gansos, a apenas 5%.

É possível que um cachorro ou outro animal mate uma cabra ou um ganso sem deixar vestígios de sangue?

Sim. Muitas mordidas não provocam sangramento. Um cachorro ou um furão podem provocar a morte de outros animais por fratura no pescoço, por exemplo. Mas o sangue continua no corpo depois da morte.

Nos casos dos gansos de Senador Camará e das cabras do Jacaré, os animais responsáveis não aproveitaram para se alimentar?

No contato com outras espécies é comum animais entrarem em estado de hiperexcitação. Por isso, um cachorro, por exemplo, pode matar vários animais e nem sequer tentar arrastar um deles para comer.

Quais os cuidados que devemos tomar ao manusear o corpo de um animal morto em circunstâncias misteriosas?

O ideal é que a pessoa utilize luvas para pegá-los e enterrá-los, a fim de evitar qualquer contaminação.

Afinal, existe algum animal parecido com os descritos por testemunhas do Chupacabras?

Não existe qualquer prova científica da existência de animais parecidos com os descritos por essas pessoas.

Reprodução das pegadas do suposto Chupacabras, feitas por Rodrigo. Ao medi-las, constatou-se que eram maiores do que a mão humana.

 

Cabra morta no Borel teve os fetos sugados pelo predador insaciável.

 

A Evolução do Fenômeno
O fenômeno Chupacabras surgiu oficialmente em Porto Rico, em 1995. Porém, antes disso já havia relatos de mortes de animais e estranhos predadores circulando no país. Após surgir, ou ressurgir em Porto Rico o fenômeno rapidamente se espalhou para outros países vitimando milhares ou milhões de animais e até seres humanos.

O Caso do Vampiro da Moca
Em 1975, ocorreu uma onda de mortes de animais em circunstâncias estranhas na região de Moca, Porto Rico. Hoje, décadas depois, o mistério permanece.

Casos em Porto Rico e Outros Mistérios
Em 1995, ocorreu uma grande onda de mortes de animais em circunstâncias estranhas. Não demorou e surgiram relatos sobre uma estranha criatura na ilha.

Casos no México
O México foi o segundo ou terceiro país a registrar ataques do Chupacabras, e ali o predador se mostrou ainda mais voraz e agressivo do que em Porto Rico. E assim como na pequena ilha caribenha, o México já havia experimentado rápidos e misteriosos ataques anos antes.

Casos Mexicanos Mais Recentes
O México foi o segundo ou terceiro país a registrar ataques do Chupacabras, e ali o predador se mostrou ainda mais voraz e agressivo do que em Porto Rico. E mesmo décadas depois, o fenômeno ainda continua vivo no país.

Casos em Países da América Central
Os vários países da América Central foram palco de ataques de Chupacabras entre 1995 e 2020.

Ataques de Chupacabras no Estado do Paraná.
Entre 1997 e 1999, o Estado do Paraná foi palco de várias dezenas de ataques do Chupacabras, que resultaram na morte de várias centenas de animais de criação

Relatório de Carlos Alberto Machado
Estranhas mortes de animais na região metropolitana de Curitiba. Apesar das negativas oficiais das autoridades existem evidências fortes indicando que os ataques tem origem em um animal não catalogado pela Ciência.

Sitiante Viu Tudo e Desmente Laudo
Carlos Messner, dono de vários animais atacados pelo Chupacabras denuncia acobertamento governamental.

O Caso de Ortigueira (PR)
O Caso de Ortigueira é um caso impressionante. Sessenta e seis ovelhas foram mortas e empilhadas em duas pilhas de 33 ovelhas cada, dentro do próprio aprisco, próximo à casa do proprietário.

Casos Ocorridos em 1999, no Paraná
Um impressionante caso de ataque de Chupacabras em área urbana e densamente povoada, ocorrido na periferia da cidade de Curitiba (PR), em 1999.

A Volta do Chupacabras?
Estranhas mortes de animais ocorridas na região de Curitiba. Seria a volta do Chupacabras ou ataque de animal predador comum?

Chupacabras no Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo registrou dezenas de casos com várias centenas de animais mortos, dentro da onda de ataques do Chupacabras, em 1997.

O Caso da Praia Grande (SP)
Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO Especial, edição 19, de setembro de 1997.

Ataques no Estado de São Paulo em 1999
Em 1999, ouve uma pequena onda de ataques atribuídos ao Chupacabras em diferentes localidades do estado de São Paulo.

Estranho Animal Ataca em Canoinha (SC)
Transcrição de Reportagem do Jornal O Planalto, de 1 de agosto de 1997.

Ataques de Chupacabras no Mato Grosso do Sul
Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997.

Ataques no Rio de Janeiro se Confundem com Mutilação
Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997.

Matanças Caninas em Série
Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997.

Alienígenas Predadores: A Face Sinistra da Ufologia
Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997.

Casos no Chile
O Chile foi outro país que registrou, durante anos, uma grande incidência de ataques do misterioso Chupacabras.

Casos na Argentina
Diferentes de outros países sul-americanos, os casos de Chupacabras se confundem com as misteriosas mutilaçoes de gado associadas ao fenômeno UFO.

Casos no Paraguai
Em todos os países da América Latina foram registrados ataques de Chupacabras. No Paraguai não foi diferente. Numerosos animais foram vitimados ali, pela estranha criatura.

Casos Ocorridos nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos também foram registrados casos de ataques de Chupacabras. Porém, o país agiu de forma eficiente acobertando fatos e ridicularizando o tema.

Casos na Colômbia
Em 2016, uma onda de ataques ocorreu na Colombia, vitimando centenas de animais de criação.

Ataques à Humanos
Em vários países onde o Chupacabras se manifestou, diversas pessoas tiveram a desagrável experiência de serem atacadas pela criatura. Alguns casos, de forma bastante trágica.

Acobertamento
Em todos os países onde o Chupacabras se manifestou ocorreu um processo de acobertamento e ridicularização de fatos, por parte de autoridades, além de manobras de capturas, realizadas por militares. Muitas delas com sucesso.

Registros Fotográficos de Estranhos Animais
Ao longo das ondas de ataques de Chupacabras surgiram fotografias que seriam registros fotográficos do estranho animal. Embora tais registros não sejam irrefutáveis, apresentamos aqui os mais importantes.

Hipóteses e Teorias Sobre Chupacabras
Ao longo das ondas de ataques de Chupacabras surgiram fotografias que seriam registros fotográficos do estranho animal. Embora tais registros não sejam irrefutáveis, apresentamos aqui os mais importantes.

Padrões e Características em Ataques de Chupacabras
Conheça as diferenças entre ataques de predadores convencionais e aqueles registrados em casos de ataques de Chupacabras.

Análises Laboratoriais
Detalhes sobre análises laboratoriais realizadas em pêlos e fezes de animais estranhos, coletadas em locais de ataque de Chupacabras.

Entrevista com Fernando Grossman
Durante a realização do IV EXPO-UFO (Exposição Ufológica do Guarujá – SP), realizada em 19 e 20 de julho de 1997, Fernando Grossman concedeu uma entrevista ao ufólogo Carlos Alberto Machado.

Entrevista com Madelyne Tolentino
Madeline Tolentino é testemunha visual do Chupacabras em Porto Rico. Foi a primeira pessoa a relatar publicamente ter avistado a estranha criatura.

Entrevista com Daniel Pérez
Daniel Pérez é uma das principais testemunhas de Chupacabras de Porto Rico. Ele foi entrevistado pelo ufólogo Jorge Martin.

 

 

 

Referências:


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  125. Intervienen autoridades por nuevo ‘chupacabras’
  126. Teme Chihuahua por el regreso del ‘chupacabras’
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