Contatos Ufológicos na Missão Gemini 4

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Fotos e documentos oficiais comprovam que nunca estivemos sós na exploração espacial.

A Gemini IV foi lançada em 3 de junho de 1965, com os astronautas James McDivitt e Edward White. Esta missão foi programada para durar quatro dias, que seria o tempo mínimo necessário para uma viagem à Lua. No espaço, os astronautas testaram os sistemas de navegação espacial e aproximaram-se do foguete Titan, utilizado para levar a cápsula ao espaço. Além disso, fizeram experimentos com microgravidade, radioatividade e medicina espacial. Ainda nesta missão, foi realizada uma atividade extraveicular, em resposta à missão soviética Voskhod 2, realizada três meses antes.

A Gemini IV também ficou famosa no meio ufológico devido a um registro em vídeo obtido pelos astronautas, quando sobrevoavam o Havaí, quando estavam em sua vigésima órbita. Na ocasião, eles filmaram um objeto, com projeções laterais, semelhantes à antenas. Minutos mais tarde, os astronautas avistaram dois outros objetos semelhantes sobre a região do Caribe. Devido ao contexto da Guerra Fria, das informações estratégicas envolvidas e da ocorrência de fatos ufológicos nestas missões, os diálogos entre astronautas e os controladores em Terra eram censuradas e classificadas como confidenciais. No entanto, trechos das comunicações mantidas durante o avistamento acabaram vazando para a imprensa:

White: Havaí.
Centro de Controle: Gemini 4, Guaymas Cabo Canaveral.
White: Prossiga, Guaymas, Gemini 4.
Centro de Controle: De acordo, temos vocês verdes. Como estão as coisas aí em cima?
White: Bem. Acabo de ver algo a mais aqui em cima comigo, mas justamente quando me aproximava para obter uma boa foto o Sol se colocou em frente e o perdi.
Centro de Controle: Quer estar alerta para copiá-los?
White: Sim, estou atento, e vou ver se encontro a coisa outra vez, mas parece que não a verei outra vez.
Centro de Controle: Ainda está buscando essa coisa aí em cima?
White: Não. Eu a perdi. Parecia que tinha uns braços grandes que saíam do seu corpo. Somente vi por um minuto. Tenho um par de fotos com uma câmera manual e uma com a Hasselblad, mas eu estava em voo livre e antes que tivesse obtido o controle eu o perdi.
Centro de Controle: Muito bem.

Este fato se tornou de conhecimento público, graças à informantes de dentro da própria agência espacial, conscientes da importância destas informações. Assim, a NASA viu-se obrigada a comentar a respeito, emitindo uma nota com a seguinte explicação:

“… McDivitt e White tinham visto apenas o satélite Pegasus, que também era grande e possuía longos braços, com células para captar energia solar”.

Porém, essa declaração foi rapidamente refutada, pois bastava alguém verificar a trajetória de voo do Pegasus para confirmar que, no momento do avistamento, ele estava no lado oposto do planeta Terra, sendo impossível que ele fosse avistado da cápsula. Pressionada novamente por explicações, a NASA emitiu outra nota, reconhecendo o erro, mas não explicando o que era o objeto observado.

Em entrevistas posteriores, os astronautas reconheciam o fato como sendo inexplicável, uma vez que não podiam identificar com exatidão o que haviam visto.

Atualmente, dois documentos da NASA, outrora confidenciais, estão disponíveis publicamente e contém informações sobre este evento. O relatório Gemini IV Air-to-Ground and Onboard Service disponibiliza as transcrições das comunicações entre os astronautas e o Centro de Controle. Os trechos transcritos podem ser encontrados na página 158 e 160 deste documento. Já o documento Mission Comentary Transcript contém os mesmos trechos de comunicações acompanhados de apontamentos técnicos oriundas do Centro de Controle. O caso acima relatado pode ser encontrado entre as páginas 134 e 137 do mesmo documento. Os astronautas desta missão envolveram-se também em outro incidente ufológico, também descrito ao longo das transcrições:

Edward White: Posso ver um fogo negro no deserto. Você pode ver bem abaixo da própria fonte de onde ele vem. Eu não pude ver exatamente o que ele era, mas era um sinal bem diferente do chão. Eu fiz várias fotos S-5 do terreno enquanto cruzamos o deserto às 07h17min. Parece que temos uma falha no magazine 7. Parece que um daqueles cães não está pegando no filme ou o filme está falhando. Eu não sei. Não acredito que consigamos muito.
James McDivitt: Acabei de usar o frame 29 na Hasselblad em uma passagem pelo norte da África e na Arábia. Agora, eu acho que estamos sobre o Irã…
James McDivitt: O que?
Edward White: [Truncado]
James McDivitt: Como você conseguiu isso?
Edward White: [Truncado]
James McDivitt: Disparo – Eu tive medo de mudar. Eu tinha certeza de que eu estava no ponto.
Edward White: … Descobriu…
James McDivitt: A lente é uma porcaria nesta aqui… estragou aquela… O sextante está ferrado. A câmera de 16 mm não funcionou, apenas por um tempo. Já posso ir dormir agora.
James McDivitt: O que?
Edward White: [truncado]
Edward White: Tirou muitas fotos com a câmera?
James McDivitt: Não muitas. Não. Talvez eu devesse começar a me concentrar nisso.
Edward White: Eu simplesmente me perguntei…
James McDivitt: Não, eu não fiz muitas. E você?
Edward White: Eu quero começar a trabalhar nisso…
James McDivitt: Vamos! Vai dormir! Ouça, você estará acordado em uma hora. Você terá 5 horas ou 6 horas para se sentar e brincar com essa câmera. Agora, guarde e vá para a cama!
Edward White: [Truncado]
James McDivitt: Vá em frente, RKV, Gemini 4.

A passagem acima, presente nas páginas 195 e 196 do relatório Gemini IV Composite Air-to-Ground and Onboard Voice Tape Transcription, é particularmente interessante, pois sugere algum tipo de interferência por parte do estranho objeto sobre os meios de registro disponíveis a bordo da Gemini IV. O astronauta Ed White avistou um “fogo negro” que se destacou contra a superfície da Terra e tentou fotografá-lo com uma câmera Hasselblad que imediatamente apresentou algum problema. Em seguida, ele tentou filmar, mas a câmera Maurer também não funcionou. Por fim, ele tentou usar um sextante instalado a bordo da cápsula, mas o aparelho também falhou sem uma causa aparente. Curiosamente, no relatório Mission Comentary Transcript este evento não é sequer comentado.

De posse das informações presentes nos trechos transcritos acima, acessamos o acervo de imagens da Gemini IV, disponíveis no site ToTheMoon, em busca do Magazine 7, citado nos diálogos. De fato, lá existe apenas uma fotografia presente no álbum, confirmando possíveis problemas no equipamento ou no filme utilizado na ocasião. Entretanto, existem outros cinco registros, dispostos em outros álbuns, onde se pode observar objetos espaciais não identificados. Uma das mais interessantes é a S65-36154a_G04-H7 que se diferencia das demais fotografias obtidas na missão. Enquanto a maioria delas foca nosso planeta ou a própria Gemini, esta registra o espaço profundo. Curiosamente, quase ao centro da imagem observamos um objeto sólido, composto por duas esferas, de cor acinzentada, posicionado não muito longe da cápsula com os astronautas. O fato de o objeto estar enquadrado no centro da imagem sugere que ele foi avistado e intencionalmente registrado pelos astronautas.

Outra fotografia, identificada como S65-34823_G04-H8, registra parte da superfície do nosso planeta, tendo a nossa Lua ao fundo. À direita, contra o fundo escuro do espaço, destaca-se uma série de luzes multicoloridas, aparentemente em voo de formação. Mas, devido à ausência de comentários sobre o fenômeno nos documentos contendo estas transcrições, podemos supor que tais luzes não foram observadas pela tripulação. Já na fotografia S65-34662_G04-H9 pode-se observar um trecho do Oceano Pacífico e um objeto luminoso, de cor clara, posicionada na órbita da Terra.

Trecho do documento Gemini IV Air-to-Ground and Onboard Service, contendo comunicações travadas durante avistamento ufológico.

 

Trecho do documento Gemini IV Air-to-Ground and Onboard Service, contendo comunicações travadas durante avistamento ufológico.

 

Na fotografia GT4-37199-008_G04-U, da Gemini 4, observa-se objetos luminosos acima da órbita da Terra.

 

Na fotografia S65-34662_G04-H, da Gemini 4, observa-se objetos luminosos acima da órbita da Terra.

 

Na fotografia S65-34771_G04-H, da Gemini 4, observa-se objetos luminosos acima da órbita da Terra.

 

Na fotografia S65-34823_G04-H, da Gemini 4, observa-se objetos luminosos acima da órbita da Terra.

 

Na fotografia S65-36154a_G04-H, da Gemini 4, observa-se objetos luminosos acima da órbita da Terra.

 

Astronautas da Gemini 4. Edward White (esquerda) e James McDivitt (direita).

 

 

Este estudo resultou na obra imperdível intitulada UFOs no Espaço e na Lua, de autoria de Jackson Luiz Camargo. O livro pode ser adquirido pelo Whatsapp/Telegram: (41) 98893-0383

 

 

Referências:


  1. CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
  2. CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
  3. CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
  4. Transcrição das comunicações – Jhonson Space Center
  5. Gemini IV PAO Mission Commentary Transcript
  6. Gemini IV Composite Air-to-Ground and Onboard Voice Tape Transcription

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