Noite Oficial: Os Primeiros Avistamentos

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Milhares de pessoas, espalhadas em diversos estados brasileiros testemunharam a aparição dos OVNIs na Noite de 19 de maio de 1986. Colher e analisar esses relatos permite determinar com maior precisão a evolução das manifestações daquela noite.


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Por Jackson Luiz Camargo – ufojack@yahoo.com

 

A noite de 19 para 20 de maio de 1986 entrou para a história da Ufologia Mundial como sendo um dos casos ufológicos mais abrangentes em termos geográficos e com o maior número de testemunhas, sendo muitas delas de altíssimo nível. Além disso, existe toda uma evidenciação sólida, por meio de detecção de radar, originada em diversos equipamentos, de variados tipos, a serviço da Força Aérea Brasileira, que reconheceu o fato como real, admitindo publicamente que vários UFOs haviam sobrevoado o Brasil, por várias horas, colocando em alerta toda a Defesa Aérea Brasileira.

É muito difícil estabelecer uma linha cronológica precisa neste caso, devido à falta de informações nos documentos oficiais, além de equívocos nos registros com relação aos horários das ocorrências, além da confirmada edição nos áudios já liberados pela Força Aérea Brasileira. Por ocasião da pesquisa e produção do livro Noite Oficial dos UFOs no Brasil, publicado em 2021, pela Revista UFO, isso ainda não estava claro e confirmado. Foi justamente a publicação do livro que possibilitou a descoberta de informações mais precisas, originadas em novas testemunhas diretas do fenômeno. Aproveitamos este espaço, que é dinâmico e permite atualizações, para retificar os dados presentes no livro e complementá-los com as novas informações obtidas.

Fase Inicial do Fenômeno

A fase inicial dos avistamentos na noite de 19 para 20 de maio de 1986 concentrou-se sobre o Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo e na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. Na tentativa de descobrir o horário exato em que as manifestações começaram, consultamos os documentos oficiais e os áudios liberados pela Força Aérea, além de reportagens de jornais, e buscamos o relato dos envolvidos, entre civis e militares, incluindo uma das principais testemunhas do caso, o Sargento Sérgio Mota da Silva, operador da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos (SP) e quem alertou a Força Aérea para o estranho fenômeno que ocorria. Segundo ele nos declarou em entrevista, ao entrar em seu turno de serviço, às 18 horas, já havia um pequeno objeto luminoso a Noroeste do aeroporto.

Outra testemunha, o jovem Wilson Tavares, observou vários pontos brilhantes e multicoloridos, aglomerados no céu, sobre o sítio em que morava, na zona rural de Santa Isabel (SP), distante 56 Km de São Paulo e 42 Km de São José dos Campos. A observação de Wilson durou aproximadamente 1 hora até que as luzes desaparecessem. O relato da testemunha não permite concluir se as luzes observadas são objetos independentes ou parte de um único objeto(1). Fato é que tais luzes se afastaram justamente quando uma luz tipo farol de aeronave tornou-se visível a partir da Torre do Aeroporto de São José dos Campos (SP). Com base nas informações presentes nos áudios liberados pela FAB, bem como informações prestadas à nós pelo Sargento Mota, pode-se dizer que esta luz estava sobre a zona rural de Jacareí (SP), cidade situada justamente entre Santa Isabel e São José dos Campos (SP).

Em 1, a região de observação da testemunha Wilson Tavares, entre 17h e 18h. Em 2, a posição do objeto avistado a partir da Torre de São José dos Campos (SP), a partir das 18 horas, de 19 de maio de 1986.

 

 

Aquela estranha luz permaneceu parada no céu, intrigando-o, pois se fosse um avião seria perceptível seu deslocamento. Devido à estranheza do fato e aos protocolos de identificação de objetos aéreo, sejam aeronaves ou UFOs, propriamente ditos, ele ligou para a Torre de Controle do Aeroporto de Guarulhos, para confirmar se havia algum tipo de tráfego de aeronave, seguindo para pouso naquela cidade e tendo como rota de aproximação a região de São José. Após a negativa do operador, o controlador forneceu maiores detalhes do que estava observando naquele momento, descrevendo-o como um farol esquisito. Enquanto falava com o operador de Guarulhos, o objeto desapareceu e tornou a aparecer, desta vez com um brilho mais intenso.

O controlador então apanhou um binóculo para observar a estranha luz. Trinta anos depois, o controlador, que é muito reservado e sempre evitou exposição publica, foi entrevistado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, sem mostrar o rosto, fornecendo maiores detalhes sobre esse objeto.

“A olho nu parecia um avião. Quando eu coloquei no binóculo para observar eu vi que ele era extremamente cintilante e multicolorido. Tinha vermelho, azul, branco, lilás e um monte de cores, com uma certa predominância do laranja, mas ele era muito bonito.”
[Sargento Sérgio Mota da Silva] (103)

 

Reconstituição da visão da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos, por volta das 18 horas, de 19 de maio de 1986. Um objeto luminoso surgiu a Noroeste do aeroporto, permanecendo estático no céu, por longo tempo. [Créditos: Jackson Camargo]

O contato telefônico com o operador da Torre de Guarulhos durou aproximadamente cinco minutos. Menos de um minuto após o encerramento da ligação, o telefone tocou na Torre de São José dos Campos. Do outro lado da linha estava o controlador de voo do APP-São Paulo (Controle São Paulo), questionando se o sargento Mota observou algum tráfego no setor ECHO (Leste).

APP-SP: Boa noite São José. Controle São Paulo falando…
Controle São José: Diga lá controle.
APP-SP: Você tem algum tráfego ai no seu setor ECHO, aproximadamente 20 milhas (aprox. 37 Km)?
Controle São José: Negativo.
APP-SP: Não tem né?
Controle São José: Não tenho nada.
APP-SP: Mas como é que está o tempo aí? Está bom igual aos outros?
Controle São José: Tem algumas nuvens.
APP-SP: É, né?
Controle São José: Uhum
APP-SP: Você não viu nenhum disco voador não, né?
Controle São José: Olha, eu tava falando com um colega do controle que eu vi uma luz aqui no setor Noroeste do aeródromo, alta, mas era só um farol. Não tinha mais nada acompanhando. Ficou um tempão parado no mesmo lugar, sem subir, nem descer, nem interferir. Pensei que fossem estrelas, conferi com as estrelas em volta, era bem mais forte o brilho. Ficou um tempão, depois sumiu na bruma.

 

Embora os documentos oficiais e os áudios gravados da Torre de São José dos Campos não confirmem, é possível que algo tenha sido registrado nos radares do APP-SP pouco antes, ou que talvez alguém tenha informado aos operadores da presença de objetos não identificados na área da cidade. E curiosamente, isso indicava a presença de outro UFO sobre a região.

Ainda ao telefone, o controlador desligou as luzes da Torre de Controle e varreu o céu com seu binóculo, não vendo nada de anormal naquele momento. Ao desligar o telefone, o controlador ligou para o ACC-BS (Centro Brasília), perguntando se o Centro havia detectado algum objeto no radar, no setor ECHO (Leste), reportado pelo APP-SP. O ACC-BS declarou que não registrou qualquer objeto no setor solicitado, mas captava algo no setor Noroeste, confirmando assim o avistamento do controlador Mota. Cumprindo os protocolos, ele retornou a ligação para o APP-SP relatando as informações passadas pelo ACC-BS.

Enquanto isso acontecia, já ocorriam avistamentos na cidade do Rio de Janeiro (RJ). De acordo com os relatos de avistamentos ocorridos no Rio de Janeiro, neste horário, seriam seis objetos, sobre o mar em Ipanema e Copacabana. Paulo Alencastro caminhava pela praia de Ipanema e por mais de uma hora avistou uma luz à Oeste, sobre o mar, que voava a baixa altitude em alta velocidade. Em dado momento, o objeto aproximou-se da orla da praia e desapareceu em altíssima velocidade. Além de Paulo, um casal presente no local observou as manobras do OVNI.

Por volta das 19 horas, a estilista Sonia Grumbach observou, ao longo de 15 minutos, um UFO luminoso, deslocando-se aos saltos e em grande velocidade. Em entrevista ao Jornal do Brasil, ela descreveu o fato(28):

“Estávamos na varanda de meu apartamento, por volta das 19 horas, quando percebi a estranha movimentação de um ponto de luz, semelhante ao planeta Vênus. Ela não chamou a nossa atenção pelo seu tamanho, mas pela intensidade da luz e a incrível velocidade com que se movia. Apesar do céu parcialmente nublado, a luz era bastante visível e se movia com muita rapidez, como se desse saltos.”
[Sonia Grumbach – testemunha]

 

Por volta das 19h30, objetos luminosos estavam sendo vistos no Rio de Janeiro e Niterói no Estado do Rio de Janeiro, além de São José dos Campos e São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo.

 

Minutos depois, ocorreu outro avistamento, desta vez na área rural de São José do Rio Preto (SP). Uma família trafegava por uma estrada rural quando observou um objeto, de aproximadamente 30 metros de diâmetro, que emitia forte luz azul. O objeto aproximou-se do veículo, que teve uma pane elétrica, depois contornou o carro e subiu em direção ao céu, deixando as testemunhas assustadas(1).

Pouco depois, entre 19h30 e 20h, aconteceu outro avistamento, agora na Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), onde, os 2.000 militares ali presentes testemunharam a passagem de mais de uma dezena de objetos luminosos, no mesmo instante em que ocorria um blackout, que deixou a base e a cidade às escuras, durante alguns minutos(49).

Foi durante uma formação no pátio que aproximadamente 2 mil militares ali presentes observaram a passagem de objetos luminosos sobre a região, durante um blackout, na noite de 19 de maio de 1986.

 

Em São José dos Campos, Sargento Mota continuava tentando identificar os objetos avistados e captados pelos radares sobre o Vale do Paraíba. Após falar com o ACC-BS, o APP-SP telefonou novamente, pedindo ao Sargento Sérgio que pegasse o binóculo para tentar avistar um possível objeto, a 64 Km de distância, sobre a Serra da Mantiqueira (possivelmente sobre os municípios de Monteiro Lobato, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão, no Estado de São Paulo). Após o sargento confirmar que não havia nada sobre a região, o operador do APP-SP informou que havia um alvo no radar “pulando” nessa região. Possivelmente o mesmo objeto foi avistado a partir da cidade, por uma família (cinco pessoas).

“Vimos, eu mais 4 pessoas da minha família. E te garanto uma coisa meu amigo, não tem tecnologia “neste mundo” capaz de realizar o que vimos. Uma pequena luz que piscava no infinito do céu. Paramos o carro na beira da estrada e saímos pra observar melhor. A pequena luz veio em nossa direção, em segundos sem ruído algum, sem fumaça, sem cheiro de combustível. Parou. Sobre nós e pudemos observar aquela MARAVILHA!!! Luzes!!! Luzes!!! Por todo lado da parte de baixo da nave. Não era forma de disco e sim de uma arraia. Muito grande!!!! Enchemos de adrenalina e medo ! Corremos pro carro e seguimos a estrada. Aquela maravilha seguiu na nossa frente. Na altura de Santo Antônio do Pinhal, a nave sumiu atrás das montanhas. Isto foi na Serra da Mantiqueira”.

[Suzi – testemunha]

 

Ainda durante a conversa entre o Sargento Mota e o APP-SP, três plotes (sinais ou alvos na tela do radar) surgiram nas telas, voando em formação, no setor Nordeste, a 16 Km de distância (sobre a região de Caçapava (SP)). Possivelmente, tais objetos seguiam rumo à São José dos Campos, passando sobre Aparecida (SP), Pindamonhangaba (SP), Taubaté (SP) e Caçapava (SP). Nesta ultima, Rodrigo Barrionuevo avistou sete objetos luminosos, seguindo rumo à São José. Estes objetos eram luminosos, multicoloridos e voavam em formação(1).

Às 19h30, os objetos espalhavam-se pelo estado de São Paulo, sendo vistos nas cidades de São Paulo, São José dos Campos, Caçapava, Monteiro Lobato e Santo Antônio do Pinhal.

 

 

Marcelo Bernardes observou essa frota a partir de uma estrada em Pindamonhangaba (SP)(1).

“Moro em Pindamonhangaba-SP e neste dia estávamos voltando da cidade pela rodovia SP-62 que fica entre Pinda e Moreira Cesar. No alto da entrada da empresa NOBRECEL meu pai parou o carro, pois havia outros carros  parados no acostamento. Neste local que paramos é uma área bem plana que se conseguia ver toda a serra da Mantiqueira na direção de Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal. Eu lembro olhar para céu e ver muitas luzes, de várias cores. Não havia riscos como se fossem estrelas cadentes. Ficamos por lá por uns 30 min. Não sei o que era, mas com certeza chamou atenção de muitos”.
[Marcelo Bernardes – testemunha]

 

Gilberto Ramos foi outra testemunha da revoada de UFOs de 19 de maio de 1986. Ele morava em Uberlândia (MG), na época do caso(1).

“Naquela noite, por volta das 20h00 horas sai na porta de casa olhei para o céu que estava claro e limpo, mas visualizei e contei 20 OVNIs voando aleatoriamente, o que me chamou a atenção. Mas passei a ficar com medo quando estas luzes amarelas e avermelhadas passaram a fazer uma formação triangular como seguissem um líder, como fazem os pássaros na migração. Após fazerem a formação seguiram em direção ao estado de São Paulo. Assustado entrei para dentro de casa, pois tinha certeza que para fazer tal formação aqueles objetos precisavam ter um comando inteligente e não meras luzes flutuando.”
[Gilberto Ramos – testemunha]

 

Na cidade de Resende (RJ), está instalada a Academia Militar das Agulhas Negras, um importante centro de formação militar do Exército Brasileiro e portanto também um centro estratégico de defesa nacional. E assim como outros centros estratégicos, também foi sobrevoado por UFOs, naquela noite de 19 de maio de 1986(1).

“Não posso afirmar que fui testemunha, pois não estive diretamente envolvido no episódio aqui relatado, no entanto, naquele mesmo dia eu e um amigo da faculdade avistamos 3 pontos brilhantes em manobras “espetaculares” sobre a cidade de Rezende (RJ). Relatamos empolgados o caso ao colegas da faculdade e acabamos alvos de gozação por um bom tempo. O que me confortava até a publicação desta gravação era a convicção de saber que aquelas luzes no céu de algum modo mudariam completamente a minha vida e a opinião sobre a existência de OVNIS no planeta. Naquela semana dois jornais de uma cidade próxima (Cruzeiro- SP) publicaram uma matéria com relatos de avistamentos por dezenas de moradores na cidade com descrições idênticas as que eu havia presenciado.”
[Wagner Siqueira – testemunha]

 

A Busca por Explicações

Ao longo de toda aquela noite, as coisas iam acontecendo muito rapidamente, espantando os envolvidos. Em várias ocasiões, durante as chamadas telefônicas entre os diversos Centros, UFOs apareciam e sumiam, ou mesmo manobravam, mudando de posição, distância ou altitude. Enquanto conversava com o APP-SP, surgiram mais duas luzes sobre a região do Jaguari, a Noroeste de São José dos Campos, sendo igualmente avistados pelo controlador Sérgio e registrados nos radares. Tais fatos geravam interessante debate entre os operadores, na busca de explicações para o que era observado. Em dado momento, operador do APP-SP sugeriu que esses sinais fossem formações de nuvens. O controlador Sérgio foi categórico em sua resposta:

Controle São José: Formação, pô? Mas formação dando primário, logo três?
APP-SP: Interessante é que três primários e uma distante. É a formação que não existe, bacana essa.
Controle São José: É, deve ser né? É que eu tô vendo… Pô, tá esquisito aqui.
APP-SP: Olha, é… Tem alguma coisa aí no alinhamento da pista? Cê tá vendo alguma coisa aí?
Controle São José: Nada…
APP-SP: Nada, nada?
Controle São José: Nada… Esses três… Esses três primários estão se deslocando ou parados?
APP-SP: Estão parados.
Controle São José: Pô!
APP-SP: Esses três aí tão nas proximidades ali do Jaguari, né?
Controle São José: Peraí, deixa eu ver aqui no alinhamento da pista… Tá, positivo, tem sim! Tem uma luz no alinhamento da pista.
APP-SP: Tem uma luz, né? Tem uma coisa aparecendo aqui, um primariozinho. É… O marcador externo de vocês aí é o que? Vila ou Jaguari?
Controle São José: Jaguari!
APP-SP: Jaguari né? Tem um lá a 2 milhas (aprox. 4 km) de Jaguari. É um primariozinho bem ao norte.
Controle São José: É, realmente, tá aparecendo.
APP-SP: Cê tá vendo alguma coisa?
Controle São José: É uma luzinha só. Mas eu não sei dizer se é estrela, se é alguma coisa significativa. Tá bem alto.
APP-SP: Bem alto… E… Tem luminosidade além dessa luz?
Controle São José: Tem outra mais a frente.
APP-SP: Foi pra leste? Tá aparecendo uma só.
Controle São José: Pô, mas que coisa esquisita cara. Tô vendo.
APP-SP: Hoje pode ser uma noite de espanto, né?
Controle São José: É, hoje pode ser uma noite de espanto, mesmo. Pô, tô vendo também.
APP-SP: Então, tu fica QAP (na escuta) aí então…
Controle São José: O teu outro colega aí falou que eu vi no través aqui sobre a cidade?
APP-SP: Sobre a cidade?
Controle São José: É… Pergunta pro pessoal aí. Perguntei se tinha alguma coisa aqui… Foi, olhou pro radar, não tinha nada. Eu tava vendo aqui.
APP-SP: É, agora continua essa porra aí próxima a Jaguari. Tá parada. Apareceu mais um bonito primário aqui, a nordeste de Jaguari. Tem um primário agora acho que sobre o setor nordeste de Jaguari.
Controle São José: Tá parado. Tô vendo… Tô vendo três agora.
APP-SP: É, né?
Controle São José: São três luzes. Mas parecem estrelas.
APP-SP: Parecem estrelas?
Controle São José: É.
APP-SP: Que coisa esquisita. Pode ser uma então.
Controle São José: Pô, mas o radar não pega estrela. Que é isso?
APP-SP: Ah, pode ser estrela cadente, né?
Controle São José: Não! Que? Estrela cadente parada, cara? Aonde?
APP-SP: É, pois é.

 

Enquanto o controlador Sérgio Mota da Silva conversava por telefone com o APP-São Paulo, o ACC-Brasília ligava para o 3º sargento Daniel, da Defesa Aérea, questionando se eles tinham alguma aeronave manobrando na região de São José dos Campos. Diante da negativa do militar, o operador do ACC relatou os avistamentos que estavam ocorrendo naquela região. Pouco depois, o sargento Emílio, do Centro de Operações Militares (COpM), ligou para operador Sérgio Mota, da Torre de São José dos Campos, que relatou os fatos até aquele momento.

Em dado momento, enquanto Sérgio respondia aos questionamentos do Sargento Emílio, o ACC-Brasília telefonou para atualizar-se da situação. Neste momento, o controlador ainda observava dois objetos luminosos multicoloridos alinhados com a pista 15, do aeroporto. Porém, nem o ACC-Brasília nem o COpM tinha qualquer registro anormal no radar, naquele momento.

 

Manobras Impressionantes

Por volta das 20h30, quando ainda atualizava o ACC-Brasília e mantendo o sargento Emílio na escuta no outro telefone, ocorreu um avistamento impressionante. Sérgio Mota narrou em tempo real o que estava vendo, e conforme se constata no áudio da Torre, gravado naquela noite, ficou visivelmente impressionado:

Porra… Tem um passando baixo, cara! Tá bonito!… E voando em Ala meu irmão!… Pô rapaz, tô arrepiado meu irmão!… Só dois pontos brancos, afastados, mas voando em ala e baixos!… Estão entrando no alinhamento da pista, além da cidade.
[Sargento Sérgio Mota da Silva]

 

Neste momento eram observados até seis luzes, a partir da Torre do aeroporto. As três luzes brancas, maiores, permaneciam paradas, imóveis, altos no céu, no alinhamento da pista 15. E as outras menores, multicoloridas, que passaram fazendo um voo rasante, em ala e logo se afastaram, colocando-se em um ponto mais distante, aparentemente em uma região entre a cidade e o alinhamento da pista do aeroporto. Neste momento, o COpM captou um alvo no radar, a 2 Km a Nordeste do aeroporto de São José dos Campos. Do ponto de vista do controlador Sérgio, os objetos estavam próximos ao marcador externo, que situava-se a dois quilômetros da cabeceira da pista.

A gravação em áudio não revela maiores detalhes sobre este fato, porém em entrevista à este autor, Mota contou mais detalhes deste avistamento, revelando que possivelmente não eram dois ou três objetos e sim um único objeto triangular, escuro, com luzes em suas extremidades(1):

“O objeto passou na altura dos vidros da torre, só que afastado. Parecia realmente alguma coisa sólida. Ele passou do lado da torre. Três luzes. Quando eu vi, eu pensei que eram três [objetos]. Quando passou do lado tinha impressão que era um. E ele tinha um na frente… Como as luzes de um avião. Eram as luzes dele. E a impressão que tinha é de que era um objeto sólido porque eu não vi direito as luzes da refinaria além dele. Ficou um espaço escuro.”

 

Sargento Sérgio Mota estava na Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos quando observou um objeto escuro, triangular e com luzes nas extremidades, passar entre a Torre e a Refinaria da Petrobrás, em voo rasante, colocando a Noroeste, no alinhamento da pista de pouso do aeroporto.

 

Fenômeno Intenso e Abrangente

Moradores de várias outras cidades de diferentes estados também estavam avistando fenômenos no céu. No Rio de Janeiro (RJ), pessoas em diferentes bairros avistaram várias luzes, que voavam em formação e em alta velocidade, sobre o mar. Entre as testemunhas estava o Brigadeiro Sócrates Monteiro, na época comandante do 4º Comando Aéreo Regional, órgão que controlava o espaço aéreo da Região Sudeste(102).

Brigadeiro Sócrates Monteiro, então Comandante do 4º COMAR, observou o fenômeno da janela de seu apartamento, junto à sua esposa.

 

Márcia Leal observou as misteriosas luzes no alto do escadão que leva à avenida São Sebastião, na Urca, no Rio de Janeiro(1).

“Eu vi este OVNIs… Foi na Urca, bairro do Rio de Janeiro. Estava com uma amiga no alto do escadão, que leva à avenida São Sebastião. Vimos quando vários pontos luminosos se moviam numa velocidade incrível. Faziam movimentos diferentes… Enquanto um se movia verticalmente para cima, outro fazia o movimento contrário. Iam para cima e para baixo, direita, esquerda. Eram movimentos curtos no céu e parava de repente, repetindo depois os movimentos. Ficamos apreensivas e fomos para nossas casas.”
[Márcia Leal]

 

Outras testemunhas em São Roque, São Cristóvão, Realengo, Recreio dos Bandeirantes observaram o bailar dos objetos. Outros avistamentos ocorreram em Nova Iguaçu, Niterói, Cabo Frio e Resende, também no estado do Rio de Janeiro(1).

Por volta das 21 horas, 120 militares da Marinha, lotados no CADEST, região do Gama (DF), observaram 3 luzes coloridas, que em dado momento fundiram-se, passando a voar em alta velocidade, com movimentos em zig-zag, durante vários minutos. Alguns militares ficaram tão impressionados com a aparição que precisaram ser amparados. Neste mesmo instante, o sistema de radar do Pico do Couto, em Petrópolis (RJ), detectou um alvo não identificado sobre o mar, 38 Km a leste de Macaé (RJ). O objeto seguia a nordeste, com velocidade média de 277 Km/h(1).

Em São José dos Campos, ainda ao telefone, Sérgio Mota relatou ao APP-SP estar vendo um objeto luminoso, no alinhamento da pista, próximo ao marcador externo. O marcador externo ou “OM” (do inglês outer marker) é um equipamento localizado a 7.200m (3.9 NM) da pista, que emite sinais à aeronave, fornecendo a distância em relação à cabeceira da pista do aeroporto.

Neste momento, por volta das 20h30, havia aproximadamente seis ou sete objetos sobre a região de São José dos Campos. Alguns sendo captados por radar, outros observados visualmente. O ACC-Brasília telefonou novamente para a Torre de Controle de São José dos Campos, para troca de informações:

“Brasília… Bem vindo ao festival dos discos voadores. O que é que você manda?”
[Sargento Sérgio Mota da Silva]

 

O ACC-BS informou ao Sargento Mota que uma aeronave Xingu, prefixo PT-MBZ, vinha de Brasília, com destino ao aeroporto de São José dos Campos, sugerindo ao controlador Mota que orientasse o piloto e pedisse confirmação visual dos UFOs. Ao desligar, o Centro Brasília fez ainda um ultimo contato com esta aeronave, informando que estavam sendo observados objetos não identificados sobre o Vale do Rio Paraíba e que o controlador da Torre local iria passar maiores informações. Pouco depois, o PT-MBZ fez o primeiro contato com a Torre de São José, para iniciar os procedimentos de pouso. No comando da aeronave estava o Comandante Alcir Pereira da Silva e ao seu lado o Coronel Osíris Silva, que voltava de Brasília após ser convidado a deixar a presidência da Embraer para assumir a presidência da Petrobrás. Sergio Mota então informou aos pilotos da presença destas luzes não identificadas e pediu que reportassem qualquer coisa de anormal.

Começava ali a caçada do Coronel Ozires Silva aos objetos voadores não identificados, na noite de 19 de maio de 1986.

 

Referências:


  1. Arquivos CIPEX
  2. CAMARGO, Jackson Luiz. Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Curitiba: Revista UFO, 2021.
  3. BAÈRE, Mauro. UFOs e Extraterrestres: Uma Jornada em Busca da Verdade. São Paulo: Editora Brilho coletivo, 2021.
  4. PETIT, Marco Antonio. Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira. Campo Grande: Revista UFO, 2007.
  5. CAMARGO, Jackson Luiz. REVELAÇÃO: A Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Revista UFO, nº 287, p. 26 à 38, Fevereiro de 2022.
  6. CAMARGO, Jackson Luiz. Um novo olhar sobre a espantosa onda ufológica brasileira de 1986. Revista UFO, nº 235, p. 42 à 50, Junho de 2016.
  7. Ofício nº 008/CMDO/C-138, de 2 de junho de 1986, assinado pelo Comandante Interino do CODa, Brigadeiro José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, contendo o relatório final de investigação dos fatos ocorridos na noite de 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, contendo 8 páginas (3.36 MB).
  8. Relatório Manuscrito da Força Aérea Brasileira; Telex da Base Aérea de Anápolis para o Comdabra; relatório de voo e relatório dos pilotos envolvidos. Arquivo em PDF com 27 páginas (9.50 MB).
  9. Relatório do Tenente Hugo Nunes Freitas, Chefe controlador do COpM I, para o Chefe da Seção de Informações do COpM I. Arquivo em PDF com 4 páginas (1.65 MB).
  10. Ofício nº 07/OOP/C-130, de 29 de maio de 1986, com encaminhamento de documentos e gravações, emitido pelo Comandante do CINDACTA I para o o Comandante do COMDA. Arquivo em PDF com 11 páginas (3.29 MB).
  11. Ofício nº 001/SCOAM/C-046, emitido pelo comandante da Base Aérea de Anápolis, Coronel João Fares Neto, para o Comandante do COMDA, contendo quatro relatório, sendo de 3 pilotos de caça e de um controlador de voo. Arquivo em PDF com 5 páginas (1.95 MB).
  12. Relatório pessoal do Capitão Márcio Jordão, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com uma página (421 Kb).
  13. Relatório pessoal do Tenente Kleber Marinho, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 2 páginas (362 Kb).
  14. Relatórios de voo, de caças que decolaram em missão de interceptação aos OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 7 páginas (2.14 MB).
  15. Despacho nº 022/A2/C-376, relatando fatos ufológicos ocorridos em setembro de 1986, envolvendo pilotos da FAB. Arquivo em PDF, contendo 9 páginas (2.84 MB).
  16. Relatório Mensal do COpM, de agosto de 1986, contendo transcrição de ocorrências ufológicas registradas pelo CINDACTA I, e dois questionários feitos à testemunhas. Arquivo em PDF contendo 17 páginas (4.54 MB).
  17. Ofício nº 11/OOP/C-199, de 14 de julho de 1986, contendo relatos, depoimentos e transcrições do livro do Ajudante de Chefe Controlador do COpM, envolvendo registros de OVNIs em maio e junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 19 páginas (4.27 MB)
  18. Informe nº 005/SI/86-CINDACTA II, de 5 de junho de 1986, referente à aparecimento de OVNI próximo à cidade de Bandeirante (PR). Arquivo em PDF, com 1 página (483 KB).
  19. Relatório de avistamentos ufológicos registrados pela FAB nas noites seguintes à Noite Oficial. Arquivo em PDF, com 12 páginas (2.63 MB).
  20. Ofício nº 006/A-2/C-046, do Comandante do III COMAR, contendo relatórios de avistamentos ufológicos na região de Uberaba, em 5 e 28 de Agosto de 1986. Arquivo em PDF contendo 3 páginas (1.30 MB).
  21. Telex contendo relato de avistamento na costa do Espírito Santo, em agosto de 1986. Arquivo em PDF, contendo 2 páginas (494 KB).
  22. Transcrição do Livro de Ocorrência Operacional do Ajudante Chefe Controlador, com relato de avistamento de piloto de caça em Junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 2 páginas (774 Kb).
  23. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (1). Arquivo em PDF, contendo 4 páginas (6.06 MB).
  24. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (2). Arquivo em PDF, contendo 8 páginas (9.34 MB).
  25. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (3). Arquivo em PDF, contendo 5 páginas (8.85 MB).
  26. Documento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, emitido com base em informes da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Contém duas páginas (136 KB).
  27. REIS, Carlos Alberto. Voltam os Discos Voadores (e com intensidade máxima)!. Revista PSI-UFO nº 1, p. 29 à 31. Setembro de 1986.
  28. GRANCHI, Irene. OVNIS Entre o Céu e a Terra: Não se tapa o Sol com a peneira!!! Revista PSI-UFO nº 1, p. 32 à 35. Setembro de 1986.
  29. GEVAERD, A. J. Aconteceu tudo de novo: Voltam os OVNIs! Revista Ufologia Nacional e Internacional, nº 10, p. 4 e 7. Outubro de 1986.
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  86. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  87. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  88. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  89. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  90. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  91. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  92. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  93. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  94. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  95. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  96. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  97. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  98. Gravações da Noite Oficial: Fita 7 – Lado A – Gravações telefônicas diversas
  99. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  100. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  101. ROCHA JR, J. S. Invasão de Tráfego Aéreo em 1986. Revista UFO, nº 55, p. 27. Novembro de 1997.

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