Noite Oficial: Encontros Aéreos

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Na chamada Noite Oficial dos OVNIs, de 19 para 20 de maio de 1986, várias dezenas de objetos surgiram sobre diferentes estados brasileiros, provocando impacto direto no tráfego aéreo nestas regiões. 


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Por Jackson Luiz Camargo – ufojack@yahoo.com

Com base em todas as informações que pudemos levantar até o momento, é possível com alto grau de certeza afirmar que eram mais de 21 objetos voadores não identificados sendo avistados e registrados em radares diversos, na noite de 19 para 20 de maio de 1986. Em sua maioria, eram objetos luminosos multicoloridos, de tamanhos variados. Alguns descritos como pequenos (talvez em função da distância), outros de grandes dimensões, sendo um deles com aproximadamente 1.500 metros de comprimento. Um dos objetos avistados pelo Sargento Sérgio Mota seria possivelmente escuro e triangular com luzes, com luzes em suas extremidades. O objeto observado por uma família, em Santo Antônio do Pinhal tinha formato de arraia (uma descrição semelhante à relatos verificados na região de Colares, Pará, durante a Operação Prato)(1). Foram também registrados numerosos avistamentos simultâneos, em diferentes cidades, de vários objetos, que demonstravam serem operados de forma inteligente, voando em formação e em alguns casos interagindo com testemunhas.

Fala-se que foram 21 objetos em função da contagem da Força Aérea Brasileira, divulgada na famosa coletiva de imprensa, em 23 de maio de 1986 e ocorrida antes da investigação oficial realizada pela FAB. Segundo o Sargento Mota, este número corresponde apenas aos objetos avistados pelos militares e confirmados pelos radares. Portanto, avistamentos relatados por civis ou que não tenham sido captados pelos instrumentos não entraram nesta contagem.

Um dos detalhes mais interessantes dessa fantástica noite e que passou desapercebido da imprensa e dos ufólogos refere-se aos avistamentos dos pilotos em voo na área de manifestação dessas ocorrências. Até 2004, sabia-se apenas alguns detalhes referente à perseguição aérea do Xingú, prefixo PT-MBZ, pilotado pelo Comandante Alcir e pelo Coronel Ozires Silva e poucas informações sobre algumas outras aeronaves envolvidas nestas ocorrências.

Hoje, com base nas informações disponíveis nos documentos oficiais, bem como nos áudios e relatos hoje disponíveis, sabe-se que um grande número de pilotos civis foi testemunha das aparições daquela noite.

Agitação no CINDACTA

Enquanto o sargento Sérgio Mota da Silva avistava UFOs sobre a região de São José dos Campos, operadores do Centro Brasília também viveram momentos de tensão e euforia. Douglas Avedikian era um dos operadores daquele Centro, de serviço na noite de 19 de maio de 1986. Ele conta que entre 20h15 e 20h30 um avião Bandeirante, da companhia TAM e que fazia a rota Londrina – São Paulo contatou o Centro Brasília perguntando se havia algum tráfego essencial, ou seja, vindo em direção ao avião e já relativamente próximo. Como não havia qualquer alvo desconhecido no radar, na região indicada, o operador informou que nada havia de estranho. O piloto insistiu que havia um objeto aproximando-se do avião, em aparente rota de colisão, vindo à sua frente, à direita(101).

Avião Bandeirante da TAM, semelhante ao que voava na rota Londrina – São Paulo, em 19 de Maio de 1986.

 

O controlador aumentou a definição do radar, na localização da aeronave e continuou sem obter registros de qualquer sinal não identificado na posição informada. Em seguida, o piloto, em pânico, informou que o misterioso objeto estava passando rapidamente à sua frente, tendo ao seu redor várias luzes que giravam muito rápido e que logo desapareceu em alta velocidade. Pouco depois, outra aeronave, desta vez da TransBrasil, que fazia a rota Guarulhos-Brasília, informou que estava avistando o mesmo tipo de fenômeno, sobre a região de Araxá (MG). Tais luzes estavam passando à frente do avião, seguindo em direção à Brasília (DF). Não demorou muito e o ACC-BS começou a receber ligações de várias torres de controle dentro de sua área de jurisdição. A Torre de Controle de Pirassununga questionou ao CINDACTA se os radares captavam alguma movimentação diferente no céu, sobre a cidade, onde está instalada a Academia da Força Aérea (AFA), importante centro de formação de pilotos. A Torre de Controle de Ribeirão Preto (SP), por sua vez, questionou se Brasília estava captando uma espécie de clarão muito grande no céu, na região da cidade. Em ambos os casos, os radares não identificaram nada de anormal. As manifestações em Ribeirão Preto continuaram por várias horas, pois existem relatos de avistamentos na cidade, por volta de 1h, na madrugada do dia 20(101).

Em São José dos Campos (SP), o Sargento Sérgio Mota continuava observando as misteriosas luzes, a partir da Torre do Aeroporto. Em dado momento ele desligou as luzes de balizamento da pista, como forma de sinalizar para as inteligências que operavam aqueles objetos. Nos áudios gravados na Torre de Controle, naquela noite, não são comentados os resultados desta ação, porém, na já citada entrevista ao programa Fantástico, o controlador descreve o que aconteceu:

“Se eu aumentava o brilho do balizamento, eles se afastavam. E se eu diminuía a intensidade das luzes do balizamento eles se aproximavam. Pareciam responder de modo inteligente aos sinais que eu fazia com as luzes da pista de pouso e decolagem”.
[Sargento Sérgio Mota da Silva](103)

A ação de ligar e desligar as luzes de balizamento da pista, provocando reação por parte da inteligência que operava tais objetos, provocou debate entre os controladores de voo, tudo gravado em áudio pela Força Aérea Brasileira. Entretanto, por ocasião da liberação das gravações, a FAB censurou os áudios, retirando os trechos referente à estes fatos.

Coronel Ozires em Perseguição

A chegada do avião Xingu, prefixo PT-MBZ, à São José dos Campos animou os militares, que viam a possibilidade de conseguir informações visuais por parte dos pilotos da aeronave. Entretanto, logo após o primeiro contato entre a aeronave e a Torre do Aeroporto, os objetos que estavam sendo detectados e avistados na região misteriosamente sumiram. Sargento Mota telefonou para o ACC-BS, questionando se haviam novos registros nos radares, ao que o operador respondeu negativamente. A conversa foi interrompida pelo Coronel Ozires Silva, que já estava se aproximando para pousar no aeroporto da cidade.

Na imagem acima, em vermelho vemos a trajetória de aproximação do avião Xingu, prefixo PT-MBZ. À Oeste, próximo à represa de Igaratá, um OVNI estava sendo avistado e captado pelos radares. Este objeto desapareceu quando o avião aproximava-se do aeroporto.

Após pedir maiores detalhes, Ozires informou que iria sair de rota, numa tentativa de visualizar as luzes que foram relatadas à Noroeste da cidade. Nesse mesmo instante, surgiu um alvo não identificado nas telas de radares do ACC-BS, distante aproximadamente 27 Km, a Nordeste do aeroporto. Sargento Mota imediatamente repassou à informação aos pilotos, que manobraram novamente a aeronave e seguiram na direção onde estaria o OVNI. Ao concluir a manobra, nada de anormal foi avistado e assim decidiram retomar os procedimentos de pouso no aeroporto local.

Os pilotos decidiram sair da rota de aproximação para tentar encontrar o OVNI que estava à Oeste de São José dos Campos (SP). O objeto havia desaparecido ao mesmo tempo em que outro surgia, próximo à cidade de Caçapava (SP). Os pilotos manobraram novamente para tentar aproximar-se deste objeto.

 

Enquanto isso, na Torre de Controle, Mota ainda conversava com o ACC-BS, sobre as luzes por ele observadas. Logo a conversa foi interrompida por uma nova chamada dos pilotos do PT-MBZ, informando que avistaram um objeto luminoso entre São Paulo (SP) e Mogi das Cruzes (SP) e que desapareceu no momento em que manobravam a aeronave para se aproximar do local. Este objeto avistado pelos pilotos não foi captado nos radares do Centro Brasília. As informações das telas de radares eram repassadas pelo ACC-BS ao Sargento Mota, que por sua vez repassava aos pilotos. Em dado momento, o militar solicitou ao Sargento que não informasse a origem das informações que estavam sendo repassadas, possivelmente na tentativa de limitar as informações que poderiam vir a público sobre o caso.

PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): São José, MBZ?
Controle São José: Deixa eu ver aqui, prossiga Bravo Zulu.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Gostaria de informar de um alvo avistado na proximidade… De…. Mogi das Cruzes… E que neste momento desapareceu.
Controle São José: Positivo. Confirmando: Avistou [***Ininteligível***] iniciar curva quando ele desapareceu.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo. Nós estamos avistando… Ia… Foi chamar São José na proximidade entre… Aproximadamente entre São Paulo e Mogi das Cruzes… Hã… Bem visível, porém no momento desapareceu.
Controle São José: Ciente. Entre São Paulo e Mogi das Cruzes bem visível. Desapareceu.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo!

 

Ao telefone, Sargento Mota questionou o ACC-BS se eles captavam alguma coisa nos radares, na posição informada pelo piloto, porém nenhum dos radares registrava qualquer objeto além do avião naquele local.

Ao manobrar a aeronave para retornar para o aeroporto, os pilotos observaram um objeto luminoso entre São Paulo e Mogi das Cruzes.

 

Poucos depois, Sargento Mota e o Coronel Ozires trocavam informações quando surgiu outro UFO, desta vez à esquerda da aeronave, no eixo da aerovia, entre Rio de Janeiro e São Paulo. O UFO também não foi captado nos radares e logo desapareceu. Toda esta comunicação entre os pilotos do PT-MBZ e a Torre de Controle foi acompanhada pelo ACC-BS e pelo COpM.

Controle São José: Está com ele a vista ainda?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Não. Ele já passou. Temos um à esquerda agora. Temos um também à vista, à aproximadamente no sentido Rio-São Paulo.
Controle São José: Positivo! Mantenha a escuta! Brasília? Tem alguma coisa entre Rio e São Paulo?
ACC-BS (Centro Brasília): Entre Rio e São Paulo não!
Controle São José: Também não há nada entre Rio e São Paulo, de acordo com o Centro Brasília. Permanece com ele a vista?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo! Afirmativo!
Controle São José: Entendido, Mike Bravo Zulu tem alvo observado a vista. Poderia descrevê-lo?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Não. Somente um ponto, como uma estrela. Aproximadamente na radial 90, aproximadamente.
Controle São José: Ciente! Entendido como deslocamento pela radial 090, de São José, apenas um ponto.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Ah… Esse ponto também desapareceu. Sumiu.
Controle São José: Ciente. Também sumiu, no momento. Grato, Mike Zulu. Na sua escuta.
O terceiro objeto observado, assim como os dois primeiros, rapidamente desapareceu.

 

Pouco depois, Coronel Ozires chamou novamente a Torre para informar que observou outro objeto luminoso, a uma distância de aproximadamente 9 Km e a 6 mil pés (1.800 metros) de altitude, descrevendo como algo bem visível, grande e bem vermelho. O comportamento deste objeto chamou a atenção dos pilotos, pois inicialmente se afastou, esmaecendo e logo desapareceu. Em seguida, reapareceu em outra posição, agora nos limites da cidade de São Paulo. Imediatamente, os pilotos manobraram o avião, tentando aproximar-se do UFO. Enquanto seguiam esta luz, surgiu outra à sua direita, sendo muito semelhante ou talvez a mesma observada nas imediações de Mogi das Cruzes (SP), pouco antes. E assim como naquele caso, este objeto rapidamente desapareceu.

PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): O Controle São José pode confirmar? Pode confirmar com São Paulo novamente? O ponto está bem visível.
Controle São José: Positivo. Bem visível agora, próximo à São Paulo. Confirme posição?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Aproximadamente radial 130 proa 70.
Controle São José: Confirma aí, Controle… Positivo. Radial 270, mantém a escuta… Controle Brasília, verifique sobre São José, radial 270 do meu VOR, vê se tem alguma coisa.
Controle São Paulo: Em cima da radial 270 do seu VOR não tem nada.
Controle São José: Positivo. MBZ. O Centro Brasília informa que não está observando nada na radial 270 de São José. Não há tráfego conhecido nessa área.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): OK. Nós temos o ponto à vista, bem visível.
Controle São José: Ciente. Bem Visível. Poderia descrevê-lo?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): É uma estrela grande! Estrela grande e vermelha.
Controle São José: Ciente. Estrela grande e bem vermelha. Entendido. Grande e bem vermelha. Controle São Paulo será alertado.

 

Um objeto bem maior foi avistado pelos pilotos do Xingu. O objeto estava inicialmente em uma área de serra e rapidamente aproximou-se da cidade de São Paulo.

 

O outro UFO, próximo à São Paulo e que os pilotos perseguiam, rapidamente mudou sua posição inicial, cruzando a frente da aeronave e desaparecendo em seguida. Este fato deixou o controlador Sérgio Mota em estado de grande excitação, pois era uma situação que representava riscos à segurança aérea, e seguindo os protocolos, imediatamente avisou o ACC-BS.

Controle São José: MBZ, São José!
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Prossiga Brasília!
Controle São José: Poderia descrever o objeto novamente?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Arredondado o objeto. Estamos avistando outro do lado direito, é… Próximo à… aproximadamente na mesma condição anterior, porém com a radial aproximadamente 100.
Controle São José: Entendido. Observando um novo objeto à sua direita, radial 100, de São José. Pode afirmar com certeza que não se trata de estrela?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo! Desapareceu novamente.
Controle São José: Entendido. Desapareceu novamente. Com certeza não se trata de estrela.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo!
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): São José? MBZ. Estamos voando aqui na proa 120, e aquele alvo, aquele não identificado, estava à nossa direita, aproximadamente 150 o curso… Nós estamos procurando… No… No alto… lá… luz… ou vertical mais próxima que possa achar, ok?
Controle São José: Positivo, MBZ. Entendido. Avistou um novo alvo, aproximadamente à radial 120 de São José. O que estava à sua direita passou à sua frente, confirme?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): É… Estava mais ou menos radial 100 e deslocou pra aproximadamente 150 no momento, ai desapareceu.
Controle São José: Entendido. Estava na radial 100, deslocou-se para a radial 150 e desapareceu.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo.
Controle São José: Positivo, MBZ. Mantenha a escuta. Controle?
Controle São Paulo: Oi, São José?
Controle São José: Ó… Passou um aqui na radial 100 pra 150, na cara do MBZ, bicho, o cara tá atrás. Porra!

 

As manobras de alguns objetos representavam um risco ao tráfego aéreo e a Segurança Nacional e esse foi o fato determinante para o acionamento dos caças F-5 e Mirage, que decolaram pouco depois para interceptar tais objetos.

 

Pouco depois, enquanto Sergio Mota ainda falava ao telefone com o ACC-BS, Coronel Ozires chamou ao rádio novamente, informando que avistava um novo objeto:

PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): São José, Mike Bravo Zulu!
Controle São José: Prossiga Mike Bravo Zulu!
Pt-Mbz (Cel. Ozires Silva): Ah sim… Nós estamos agora, à direita, na direção de São Paulo. Na direção anterior, é uma luz bem forte, São José. Bem maior do que anteriormente foi avistado. Estão aparentemente no início de São Paulo, entre São Paulo e Mogi das Cruzes.
Controle São José: Positivo! Observada luz bem mais forte que a anterior, agora entre Mogi e São Paulo, à sua direita.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Exatamente! Continua bem visível e não é estrela!
Controle São José: Ciente. Continua bem visível e não é estrela. Mantenha a escuta.

 

Imediatamente, os pilotos manobraram a aeronave para se aproximar da misteriosa luz. Como aquela área estava fora da jurisdição da Torre de Controle de São José dos Campos, Sergio Mota pediu que os eles sintonizassem a frequência do APP-SP, para que seu voo pudesse ser controlado por lá.

 

Este é o avião Xingú, prefixo PT-MBZ, tripulado pelo Coronel Ozires Silva e pelo Comandante Alcir Pereira. É a única foto conhecida desta aeronave, ainda com esta pintura e com este prefixo.

 

De acordo com o relato do Coronel Ozires Silva, este objeto era bem maior do que os demais objetos avistados. Este objeto de maior tamanho, já havia sido avistada pelo Sargento Mota, a partir da Torre do Aeroporto de São José dos Campos. Com o auxílio de binóculos ele pôde observar diversos objetos menores, ao redor desta, que seria uma nave-mãe. O fato foi confirmado pelos radares do APP-SP, que confirmou a presença dos objetos sobre a Serra da Mantiqueira. Moradores da região também observaram a passagem destes objetos. Segundo o jovem Paulo Henrique, este objeto poderia ter algo em torno de 1.500 metros de comprimento(1):

“Meu pai morava em São José nessa época, e todos que vivem na região da serrinha, viram essa nave gigante em forma de lâmpada fluorescente que o Dr. Ozires relatou. De acordo com meu pai, que observou a nave parada por mais de 1 hora, ela era tão grande, que uma ponta ficou próxima do pé da serra e a outra em cima da estrada do retorno, um trecho de mais de 1.500 metros, de um ponto ao outro. Meu pai diz que muita gente achou que era um balão gigante iluminado, mas obviamente não existe balão cilíndrico com mais de 1.000 metros de comprimento, e ainda por cima iluminado como uma lâmpada fluorescente. De acordo com o meu pai, que era engenheiro da antiga FEPASA, o objeto era cilíndrico e emitia um som semelhante ao zumbido de um potente transformador de energia, que oscilava em cadência. De acordo com os relatos de todos que estavam ali, a nave ficou parada por mais de uma hora, onde de repente ela começou a se mover lentamente em direção ao litoral até que acelerou abruptamente em direção ao mar”.
[Paulo Henrique – testemunha]

 

Logo após o avião Xingu entrar no espaço aéreo da cidade de São Paulo, Sargento Mota retornou o contato com o operador do ACC-BS que informou que seria adotada a política de acidente aeronáutico, de modo que os procedimentos deveriam focar no cuidado em relação à segurança de voo frente aos misteriosos fenômenos que estavam ocorrendo. E cumprindo os protocolos de ação destes casos, o próprio Ministro da Aeronáutica na época, Brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima, foi informado dos fatos.

Com o desaparecimento do objeto ao qual perseguia nas proximidades da cidade de São Paulo, Coronel Ozires e o comandante Alcir manobraram o avião e retornaram para São José dos Campos. Por volta das 21h15, outro objeto foi observado a partir da Torre do Aeroporto. Desta vez, era algo luminoso, de cor amarelada, visto à Sudeste. Quase ao mesmo tempo, os pilotos do PT-MBZ avistaram um UFO luminoso sobre a região Norte de Taubaté (SP), que logo desapareceu.

Controle São José: Brasília? Alô! Brasília? Brasília? Fiuuuu! Eu tô vendo agora aqui cara, um… um objeto aqui no meu setor… no meu setor Sudeste, mais ou menos, amarelado.
ACC-BS: Olha… Veja bem… No seu setor Sudeste [Ininteligível]…
Controle São José: Tá fixo. Não é estrela não, cara. Tá bem paradinho lá.
ACC-BS: Tá, né?
Controle São José: Tá paradinho!
ACC-BS: Pode dizer se está avistando alguma luz de navegação?
Controle São José: Não. Tô conferindo aqui no binóculo. Não tem luz de navegação não. É só um ponto amarelado. Laranja-amarelado.
ACC-BS: Um ponto amarelado na sua área Sudeste?
Controle São José: É… Aproximadamente Sudeste. Sudeste. Deve estar na radial 120, mais ou menos.
ACC-BS: MBZ já acabou de pousar?
Controle São José: Tá… Tá vindo… Tá na perna do vento agora, vai entrar para pouso.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): MBZ avistou novo objeto… É… Na altura de Taubaté, ao norte de Taubaté. Ele estava nitidamente se deslocando, mas já desapareceu também.
Controle São José: Ciente MBZ. Reporte girando perna. Base baixado e travado. Estamos na escuta do Centro Brasília.

 

O objeto a Sudeste de São José dos Campos inicialmente se afastou e logo retornou, com brilho mais intenso e segundo o Sargento Mota, muito bonito. Tanto este objeto quanto o outro sobre a região de Taubaté não estavam aparecendo nos radares do APP-SP e do Centro Brasília. Em Taubaté, moradores da cidade, especialmente nos bairros Parque Aeroporto e Esplanada Santa Terezinha observaram, ao longo de toda a noite, objetos redondos, alguns de grande tamanho, coloridos movimentando-se pelo céu e em alguns momentos descendo a apenas 200 metros do chão.

Enquanto o PT-MBZ se preparava novamente para o pouso, Sergio Mota conversava com o ACC-BS, descrevendo a luz observada. Rapidamente, ele pediu confirmação visual por parte dos pilotos, que confirmaram este e outros objetos que surgiram sobre a região.

Controle São José: Controle! Controle Brasília! O que eu tô vendo agora é uma luz alaranjada. Não posso precisar a distância. Tá 3º acima do horizonte, na minha radial 120 (direção Sudeste), aproximadamente.
ACC-BS: [Ininteligível]
Controle São José: Não. Não é apenas um ponto luminoso, bordas bem definidas. Mike Bravo Zulu, São José.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Na sua escuta.
Controle São José: Está observando alguma coisa na sua posição 10h aproximadamente, 3º acima sobre o horizonte?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Positivo. Estamos observando e atrás da gente também.
Controle São José: Ciente. Está observando também. À direita também outra observação.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Nós estamos inclusive com outro no solo, em deslocamento.
Controle São José: Ciente. Confirmando?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Nós temos ponto no solo em deslocamento. É… Ponto luminoso, bem enorme, mas não dá pra identificar. É como se fosse uma estrela. É muito grande.
Controle São José: Ciente. Entendido, em deslocamento. Positivo, Mike Bravo Zulu.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Tranquilo, estamos arremetendo. Estamos verificando mais próximo.
Controle São José: Ciente arremeteu prossegue para verificação próxima.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo. Informação: existe um ponto piscando sobre a Petrobras, a baixa altura, bastante nítido e se deslocando. Aqui do lado esquerdo… É… Ao Sul aproximadamente… Aqui da Vila Industrial… Tem três pontos também.
Controle São José: Ciente. O MBZ conhece bem a região e os obstáculos balizados?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo. Temos… É… Mantendo uma altitude de segurança, mantendo 1.000 pés.
Controle São José: Ciente. MBZ atento a altitudes mínimas da área, MBZ.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo.

 

Em seguida, Sargento Mota relatou os avistamentos dos pilotos do PT-MBZ e pediu confirmação de radar para os objetos avistados naquele momento. Tanto o APP-SP quanto o ACC-BS não registravam UFOs naquela área, naquele momento. A conversa foi novamente interrompida pelos pilotos do Xingu, relatando novo avistamento.

PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): São José? Do MBZ!
Controle São José: Prossiga MBZ!
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): OK. Nós temos um outro ponto à vista que parecia que estava na cidade e dava a impressão de ser uma… Uma luz qualquer de um tipo avermelhado ou azul. Porém, eu senti… Se deslocava… Está em torno da serra agora.
Controle São José: Ciente. Entendido. Foi observado próximo à cidade. Dava a impressão de ser objeto no solo, balizado. No entanto, está se deslocando em direção à serra.
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): Afirmativo. Já está sobre a serra.
Controle São José: Ciente. No momento sobre a serra. Tem condições de calcular sua velocidade?
PT-MBZ (Cel. Ozires Silva): É impossível!
Controle São José: Entendido. É impossível calcular a velocidade do mesmo. Confirme procedimento a seguir, MBZ.

 

Sargento Mota informou ao Centro Brasília e ao Controle São Paulo que o objeto por ele avistado foi confirmado visualmente pelos pilotos do Xingu PT-MBZ e que ele desapareceu em alta velocidade em direção à Serra do Mar. Neste momento, os radares destes centros captavam vários objetos em diferentes regiões do Vale do Paraíba.

Rodrigo Barrionuevo, morava em Caçapava, naquela época. Ele avistou sete luzes, de várias cores, voando em diferentes altitudes, a aproximadamente 25º acima do horizonte, seguindo de Norte para o Sul. Motoristas em rodovias da região pararam no acostamento para observar o bailar das luzes.

Já Maureen Aguiar Dapena descreve(1):

“Esse fato dos anos 80 eu, meu marido e cunhado estávamos atravessando a Via Dutra do Jardim Diamante para Vila Tatetuba e testemunhamos uma dessas aparições. Foi a coisa mais incrível que eu já vi na vida“.

 

Devido à intensidade e importância dos avistamentos e ao evidente risco ao tráfego aéreo, foi solicitado a gravação da tela do radar de São Roque, que iniciou-se precisamente às 21h21 daquela noite. Pouco depois, o ACC-BS informou que registrou um novo objeto não identificado, desta vez a 24 Km ao Sul e outro à Leste de São José dos Campos, que logo foram observados pelo controlador. O alvo que se mantinha ao Sul da cidade, repentinamente acelerou, atingindo a velocidade de 2.407 Km/h, indicado no radar. Neste mesmo momento, o COpM acionou o sistema de Defesa Aérea, deixando os oficiais de sobreaviso, para qualquer eventualidade.

Às 21h30, o PT-MBZ finalmente pousou no Aeroporto de São José dos Campos, no mesmo instante em que o ACC-Brasília registrava mais três alvos não identificados passando sobre a região e desaparecendo em seguida. O mesmo Centro registrou a presença de outros dois sinais a leste da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo instante era iniciada a gravação da tela da Estação de Radar do Couto.

Passageiros de Aeronaves Também Viram

Vários pilotos e passageiros de aeronaves comerciais foram testemunhas desse evento. Bernardo Horta relata que seu pai estava voltando de viagem nesse dia, a bordo de um avião, passando sobre a região das aparições. Em dado momento, o piloto falou aos passegeiros: “…os passageiros que olharem pela janela direita irão observar uma luz nos seguindo!“. Os passageiros, impressionados, puderam avistar estas luzes durante algum tempo(1).

Sobre o Vale do Paraíba, um piloto particular da Cia Brasileira de Tratores, a bordo de um Learjet, também avistou objetos brilhantes, que voavam sem propulsão aparente, mudando de trajetória em ângulos retos e em alta velocidade(1).

Emerson Tako, era passageiro de um avião Electra, que fazia o trajeto da Ponte Aérea Rio-São Paulo. Em seu voo para a capital paulista ele estava sentado junto à janela, no lado esquerdo da aeronave e pôde observar uma luz intensa que aproximou-se de sua aeronave(1):

“Nessa noite eu peguei uma ponte aérea na perna SDU-CGH. Na região de São José dos Campos, eu estava do lado esquerdo da aeronave Electra, vi pela janela mais atrás uma luz bem intensa. Ele tinha luz de cor amarelada muito forte, parecia com um farol de trem. No momento pensei que fosse outra aeronave”.

Sônia Dessotti relata algo semelhante(1):

“Eu estava neste voo (não lembro a empresa) e por sorte, na janela sobre a aasa do lado direito. Meu ex-marido viu primeiro e me avisou. Após alguns minutos o piloto chamou a atenção de todos para o fato. As luzes mudavam de cor, sendo o vermelho o predominante. Elas ficaram juntas da asa e nos “seguiram” de São José dos Campos até São Paulo, quando desapareceram do mesmo modo que apareceram. Ainda é muito forte a lembrança”.

Uma aeronave, da VASP, com destino à Brasília, também foi seguida por objetos luminosos por algumas horas ao longo do seu voo. Mais tarde, outra aeronave comercial foi acompanhada por tais objetos.

Nos primeiros minutos da madrugada de 20 de maio, já havia horas de gravação em áudio e em vídeo (das telas de radar), o testemunho de dois tripulantes de uma aeronave Xingu e cinco pilotos de caça, altamente treinados, que compunham a elite da aviação militar brasileira na época. Além destes, haviam dezenas de controladores de voo e operadores de radar, que testemunharam as evoluções dos UFOs. Havia ainda um número grande e indeterminado de testemunhas militares e um número ainda maior de testemunhas civis. Todo o alto comando da Defesa Aérea Nacional estava atento aos fatos naquela noite e o próprio presidente José Sarney já havia sido informado sobre os acontecimentos.

Após o retorno dos caças da FAB, o fenômeno diminuiu um pouco de intensidade, mas continuou sendo registrado ao longo da madrugada, até pouco antes do nascer do Sol. Por volta de 1 hora da manhã, O piloto Otto Nogueira relatou à imprensa que ao longo de 700 Km, a 14 mil metros de altitude, na rota entre Brasília e Salvador, foi acompanhado por um objeto luminoso, “mais bonito e maior que a Estrela D’Alva. O objeto também teria sido captado nos radares(53).

Esta sequencia de eventos, com aparições múltiplas, com várias testemunhas e registros em radares de diferentes tipos, deixou os militares em polvorosa. Era imperativo descobrir a origem destes avistamentos e se havia algum risco à Segurança Nacional. Naquela época ainda não havia Internet e a única forma de comunicação instantânea era o telefone. Os operadores envolvidos falavam simultaneamente com dois ou três centros, trocando informações sobre o que estavam vendo e registrando nos radares. Tudo isso estava sendo anotado e gravado, em diferentes órgãos, para posterior análise. Parte destas gravações e anotações já veio à público, sendo liberado pela Força Aérea Brasileira e hoje disponível tanto no site do Arquivo Nacional quanto aqui no Portal Fenomenum.

 

Objeto Voando a Mach 5

Por volta das 3 horas da manhã, um voo cargueiro da companhia VARIG fazia a rota entre os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo e do Galeão, no Rio de Janeiro. A bordo havia quatro tripulantes. Além do comandante do Boeing 707, Geraldo Souza Pinto e seu co-piloto, Nivaldo Barbosa, estavam a bordo o Engenheiro de voo Guntzel e o Capitão Aviador Oscar Machado Junior, que na época servia no 2º/2º Grupo de Transporte e que fazia um voo de instrução naquele tipo de aeronave.

Após a decolagem, quando atingiram 12 mil pés (3.65 Km) de altitude, o CINDACTA contatou a aeronave perguntando se havia algum tráfego na posição de 11 horas (à frente, ligeiramente à esquerda). Após informar que nada avistavam naquela posição, o CINDACTA informou que se tratava de um alvo não identificado e que horas antes vários deles foram avistados, registrados nos radares e que a Defesa Aérea havia sido acionada. Durante a conversa entre o Comandante Geraldo e o CINDACTA, surgiu um objeto luminoso, na posição informada pelos controladores de voo.

“Perguntamos se o contato estava no radar deles, e a resposta foi positiva. O controlador nos disse que a sua posição naquele momento era de 11 horas em relação a nossa aeronave e pediu para que tentássemos avistá-lo. Foi nesta hora que eu o vi. Uma luz muito forte brilhou, como um farol branco. A emoção que eu tenho até hoje se confunde com a certeza de que ele estava acompanhando a nossa fonia. No mesmo momento em que nos perguntaram se estávamos avistando o tráfego e eu respondi que não, ele piscou, como quem diz: ‘Estou aqui!’.

Nós não tínhamos noção da altura do tráfego, pois os radares dos aviões comerciais são meteorológicos e, diferente dos caças, têm muita dificuldade de captar outra aeronave. Eles não são feitos para isso. O controlador também não podia saber a altura do objeto já que, sem transponder, tudo o que ele vê é a dimensão única do radar, sem diferença de altitude. O objeto estava próximo de Santa Cruz e a nossa distância era em torno das 90 milhas (aproximadamente 166 Km). O que eu posso dizer é que ele estava, visualmente, a uns 20 graus mais alto do que nós. Atingimos nossa altitude de cruzeiro de 23 mil pés (aproximadamente 7 mil metros), e durante todo o vôo o controlador foi nos informando sobre a aproximação. Passou para 60 milhas (111 Km), depois 50 (92 Km), o tempo todo na nossa proa.

Éramos quatro tripulantes no cockpit escuro de um avião cargueiro, buscando os céus ávidos de encontrar uma explicação sobre aquilo que tanto se aproximava do nosso 707. De repente, eu olhei para o Nivaldo e reparei na expressão dele, como se ele quisesse me mostrar alguma coisa. Ele disse que algo tinha se deslocado deixando um rastro luminoso, mas poderia ser um meteorito, o que seria muito comum. O controlador nos avisou, então, que o alvo havia se deslocado em alta velocidade para a nossa direita, atingindo, em fração de segundos, uma velocidade incrível, algo acima de Mach 5. Um ser humano não aguentaria uma aceleração dessas. Ele morreria com tal deslocamento! Nós estávamos a umas 30 milhas (55 km) dele. A impressão que dava era de que o contato estava se deslocando em baixa velocidade, e nós é que estávamos nos aproximando dele. A aproximação continuou. O radar ia nos avisando as distâncias: 15 milhas (27 Km), 10 (18,5 Km), 5 (9,2 Km)… Na melhor das hipóteses entraríamos para a História!

Mas eu olhava, olhava e não via mais nada. Aí o controlador falou: 3 milhas (5,5 Km), 2 milhas (3.7 Km), 1 milha (1.852 metros)… Varig, o tráfego está se fundindo com o plote do seu avião.’ Nós olhávamos para cima, para baixo e não víamos nada!

O Controle nos informou, então, que o alvo estava passando para trás da aeronave, mas começou a ter muita interferência no solo e o radar o perdeu de vista”.
[Comandante Geraldo Souza Pinto]

 

 

Referências:


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  86. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  87. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  88. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  89. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  90. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  91. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  92. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  93. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  94. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  95. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  96. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  97. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  98. Gravações da Noite Oficial: Fita 7 – Lado A – Gravações telefônicas diversas
  99. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  100. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  101. ROCHA JR, J. S. Invasão de Tráfego Aéreo em 1986. Revista UFO, nº 55, p. 27. Novembro de 1997.

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