Noite Oficial: O Voo do Jambock – 17

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

O primeiro caça a decolar para interceptar UFOs, na noite de 19 de maio de 1986, foi o Jambock-17, pilotado pelo Tenente Kleber Caldas Marinho. Saiba em detalhes como foi o seu voo. 


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Por Jackson Luiz Camargo – ufojack@yahoo.com

 

Tenente Kleber Caldas Marinho foi acionado para missão às 22h27. Poucos minutos depois, já estava a bordo de seu F-5, prefixo FAB-4848 e com o nome código Jambock-17 (JB-17), pronto para decolar com a missão de se aproximar e identificar as luzes que estavam sendo observadas sobre o Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. E estando a bordo de um caça armado, poderia entrar em ação, caso fosse necessário.

“Como piloto de alerta naquele dia, fui contatado pelo oficial de permanência, na Vila dos Oficiais, local onde morava. A informação passada era a de que o piloto de alerta havia sido acionado, e então, por doutrina e treinamento, eu me dirigi diretamente para o avião e só depois da decolagem é que recebi as específicas instruções necessárias à missão. O piloto de alerta não precisa passar pela burocracia de um voo normal. O avião já estava preparado para a decolagem.”
[Tenente Kleber Caldas Marinho – Jambock-17]

 

O primeiro caça a decolar na noite de 19 de maio de 1986 foi um F-5E, pilotado pelo Tenente Aviador Kleber Calas Marinho, que cumpria o serviço de alerta do 1º Grupo de Caça naquela noite. Seu relato confirma a presença de algo sólido no céu, uma vez que seu radar de bordo confirmou um plote assinalado pelos radares do Centro. Além disso, o objeto estava sendo avistado pelo piloto. Atualmente, ele é comandante na companhia aérea Azul. Foto: Arquivo Pessoal.

 

O avião decolou às 22h34 e logo foi direcionado, pelo controlador de voo, Sargento Roarelli, para São José dos Campos e precisou de poucos minutos para chegar em sua área de busca. A gravação em áudio, das comunicações entre o caça e o controlador de voo estão disponíveis publicamente no site do Arquivo Nacional e aqui no Portal Fenomenum (parte 1 e parte 2). Com base neles é possível reconstruir a trajetória de voo, bem como a posição dos objetos observados e outros detalhes técnicos interessantes.

A gravação em áudio começa às 22h36, quando o caça já se encontrava a 2.400 metros de altitude, a cerca de 24 km de distância da base aérea de Santa Cruz, rumo à São José dos Campos (SP). Logo no início do voo, o operador informa a presença de um tráfego aéreo, provavelmente uma aeronave Electra da Varig, fazendo o voo da ponte-aérea Rio-São Paulo. O avião foi avistado pelo piloto, à sua frente, à esquerda, acima de sua aeronave.

Tenente Kleber decolou da base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

 

 

O Primeiro Avistamento

Seis minutos após a decolagem o JB-17, o controlador de voo solicita que o piloto faça uma procura visual à frente do caça, 10º à esquerda de um alvo que estava 22 milhas de distância. Aproximadamente dois minutos depois, o controlador reforça o pedido, solicitando ao que faça uma busca visual no setor de 2 para 10 horas, de um objeto que encontrava-se a cerca de 9 km de distância. Este padrão de orientação aérea usa o princípio do relógio, sendo que 12 horas significa algo exatamente à frente do avião. Seis horas significa algo diretamente atrás do avião. Três horas significa algo à direita, enquanto que nove horas significa algo à esquerda. Valores intermediários indicam posições intermediárias. No caso desta solicitação, o objeto estava em uma região à frente do caça, com variação de aproximadamente 30º, entre a direita e a esquerda. Às 23h43, o piloto informa ao controle de voo que está observando luzes, na forma de flashes, mas sem uma forma definida, à sua frente, ligeiramente à esquerda. Segundo o piloto, tais luzes eram semelhantes à luzes de sinalização de um avião:

COpM: Uno Sete. Faça uma procura visual no seu setor de 2 para 10 horas, cinco milhas, alto e baixo.
JB-17 [Tenente Kleber]: Uno Sete, Fará!
JB-17 Ok. Uno Sete tem um contato visual na antena 270… São flashes, ok? Não é a forma definida. São apenas flashes. Como se fosse uma beacon de um avião.
COpM: Ciente!
JB-17 [Tenente Kleber]: Inclusive, são dois flashes, Ok? Distanciados um do outro.
COpM: Ciente. Confirme… À frente do Uno Sete?
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo! Antena 270. Um pouquinho à esquerda, ok?
COpM: Ciente! Alto ou baixo?
JB-17 [Tenente Kleber]: Quase nível. Um pouco baixo.
COpM: Ciente!
JB-17 [Tenente Kleber]: Bastante distante no momento, ok?
COpM: Ciente!
JB-17 [Tenente Kleber]: No momento parece manter uma posição fixa.
COpM: Ciente!
COpM: OK. Confirme… Uns 20 graus à sua esquerda, 25 milhas?
JB-17 [Tenente Kleber]: Se muitas condições de precisar a distância, mas a posição é essa mesma. Mais ou menos 25 graus à esquerda. Um pouco distante ainda.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Pode inclusive ser uma sinalização em cima de algum morro, ok? Não tenho condições de precisar, ainda.

 

Diante da possibilidade real de aproximar-se destas luzes, o controlador solicitou ao Tenente para checar os armamentos do caça. Neste momento, o Jambock 17 já se encontrava sobre o Vale do Paraíba. Os radares do ACC-BS indicavam a presença de vários alvos naquela região. Um deles, à Sudeste da cidade, voava rumo à Oeste, com a velocidade de 2.742 Km/h. De forma muito rápida, o UFO reduziu para apenas 61 km/h e repentinamente acelerou, chegando a 3.278 Km/h, desaparecendo em direção à Sudoeste.

Caça F-5E, prefixo FAB-4848. O mesmo utilizado pelo Tenente Kleber Marinho, em sua missão de interceptação aos OVNIs, na Noite de 19 de Maio de 1986.

Na esperança de observar tais objetos, o controlador solicitou ao piloto que fizesse uma busca visual 50º à sua esquerda. Como o piloto reportou que nada foi avistado Sargento Roarelli solicitou que o piloto olhasse 60º à sua esquerda, a distância de 12 milhas, sendo que também nada foi observado. Pouco depois, o controlador fez uma nova solicitação, desta vez para buscas visuais em uma área 40º à esquerda, na distância de 6 milhas, sendo nada observado.

Por volta das 22h48, Sargento Roarelli pediu ao piloto que realizasse uma curva de 180º pela direita.

 “Eu estava em cima da fábrica da Embraer e nada (conclusivo) havia avistado até então. Em função destes alvos aglomerados na minha esquerda, o controlador pediu que eu fizesse uma curva pela direita e olhasse em direção a Santa Cruz, com 180 graus defasados. Eu efetuei a curva, estabilizei a aeronave na proa que ele havia recomendado e, como pedido, comecei a fazer uma varredura visual. Foi neste momento que eu avistei uma luz muito forte que se realçava em relação a todas as luzes no litoral. Estava um pouco mais baixa do que eu. A impressão nítida que eu tive, naquele momento, era de que ela se deslocava da direita para a esquerda”.
[Tenente Kleber Caldas Marinho – Jambock-17]

 

Ao final da curva, o piloto retornou em direção contrária, seguindo à Leste. Sargento Roarelli solicitou ao piloto que fizesse uma busca visual no setor de 1 para 11 horas. Segundos depois, radares militares captaram um objeto próximo ao caça e o controlador orientou o piloto para realizar buscas visuais de um alvo, diretamente à frente, ligeiramente à esquerda e a 4 milhas de distância. Apesar das informações de posição e distância, o piloto continuava sem avistar qualquer objeto.

Os radares militares captavam um alvo não identificado ao Sul da cidade de São José dos Campos. Sargento Roarelli solicitou ao piloto que curvasse à direita e seguisse em direção ao Sul e logo repassou dados de posição do alvo e solicitou que passasse para modo rojão, ou seja, modo de interceptação, ativando o armamento. O piloto informou ao controle que o objeto estava evoluindo de um lado para o outro e não estava conseguindo se aproximar do alvo, que aumentava sua altitude de forma muito rápida, já passando do nível 210 (6.400 metros de altitude):

COpM: Ok. Curve pela direita, proa 180 (Sul).
JB-17 [Tenente Kleber]: Direita 180. Estável 180.
COpM: Ciente, Uno Sete.

Jambock Uno Sete. Confirme: luzes de navegação apagadas?

JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo.
COpM: Mantenha apagadas, ok?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Estão apagadas.
COpM: OK. 20º à sua direita, 10 milhas, Procura alta e baixa.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente.
COpM: Uno Sete, mantenha-se a .7 (aproximadamente 860 Km/h), OK? Navegação econômica.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. 0.7.
COpM: Ok, agora, 50º à direita, 12 milhas.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok, aparentemente eu tenho um contato visual, OK, de 2 para 1 hora. Um pouco alto, Ok? Estamos em rumo, aparentemente, perpendicular um com o outro.
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. É um objeto, OK? Não tem como distinguir se é um avião, ou outro tipo de objeto.
COpM: Ciente. Confirme: Luz fixa ou intermitente?
JB-17 [Tenente Kleber]: São intermitentes, ok? Piscando.
COpM: Ciente. Possibilidade de persegui-lo?
JB-17 [Tenente Kleber]: Aguarde. Estou curvando para a proa dele, Ok?
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: No momento, está às minhas 12 horas.
COpM: Ciente. Confirme alto ou baixo, Uno Sete.
JB-17 [Tenente Kleber]: No momento, está no mesmo nível, Ok? Estou mantendo 175, ascendendo pro 180 até os 200.
COpM: Ok. Uno Sete passando a rojão.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Armamento ligado.
COpM: Ciente. Mantenha.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. Aparentemente o objeto está evoluindo, ok? De um lado para o outro e não está havendo muita razão de aproximação, não. Ele está ascendendo, no momento. Está cruzando o nível 210 e anteriormente, ele estava com o mesmo nível que eu, no nível 170.
COpM: Ciente. Ok. Confirme evolução de proa por parte do objeto.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. Muito pouca, Ok? Ele variou até 11h30 e voltou para a proa, de novo.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Confirme aí se você tem esse plote aí as minhas 12 horas.
COpM: Ok. Tenho um plote às suas 12 horas, 16 milhas, alto.
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. É isso mesmo. E ele está se afastando, ok?
COpM: Ok. Se afastando para a sua direita, confirme?
JB-17 [Tenente Kleber]: Negativo. Está mantendo a proa ainda, mas não está havendo razão de aproximação, não.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Estou mantendo mais do que .95
COpM: Ciente.

 

Por volta das 22h55, o caça voava a Mach 0.95, ou seja, quase rompendo a barreira do som, a aproximadamente 1.200 km/h. O OVNI estava à sua frente, voando em uma velocidade um pouco maior, subindo no ar e realizando movimento em zig-zag, com curvas fechadas, algo impossível para a tecnologia terrestre da época e para a atual.

Após perder o sinal do UFO, no radar, Tenente Kleber seguiu rumo ao litoral de São Paulo, ainda observando o objeto luminoso já sobre o mar, sobre a região de Santos e Guarujá.

“Olhei para aquela luz. O seu movimento era muito evidente para mim. Perguntei à Defesa Aérea se existia algum tráfego naquele setor no momento, devido à proximidade com a rota da ponte aérea, na época. Fui informado que não. Não existia aeronave alguma no local naquela hora. Informei então ao controlador que eu realmente estava vendo a luz se deslocando na minha rota de interceptação, às 2 horas (à minha direita), um pouco mais baixo do que a posição da minha aeronave. Foi naquele momento que eu pude ter uma noção da altura do contato, algo em torno de 17 mil pés (5,18 Km). Imediatamente recebi a instrução de aproar aquele alvo e prosseguir com a aproximação e sua possível identificação. Comecei a descer, indo diretamente para o alvo, mas tomando todo o cuidado com uma possível ilusão de ótica, proporcionada pela visão noturna. Eu podia estar vendo uma luz dentro d’água, um grande navio com holofote… Por este motivo eu não quis ficar apenas com a orientação visual e liguei meu radar, mesmo sem instrução de fazê-lo. E, realmente, a cerca de 8 a 12 milhas, um alvo apareceu na tela, confirmando a presença de algo sólido na minha frente. Isto coincidia com a direção da luz que eu havia avistado. Nos radares que equipavam caças da época, o tamanho do plote varia de acordo com o tamanho do contato. O radar indicava um objeto de cerca de 1 cm, o que significava algo na envergadura de um Jumbo (Boeing 747). Cheguei perto do alvo, posicionando-me a cerca de seis milhas de distância dele, o que ainda é longe para que possa haver uma verificação precisa, ainda mais à noite. O alvo parou de se deslocar na minha direção e começou a subir. Eu não perdi o contato radar inicial e passei a subir junto com ele. Continuei seguindo o contato até cerca de 30 mil pés (9 km de altitude), quando perdi o contato radar e fiquei apenas com o visual. Mas, naquele momento, aquela luz forte já se confundia muito com as luzes das estrelas.”
[Tenente Kleber Caldas Marinho – Jambock-17]

 

O piloto continuou no encalço do objeto, mas sem conseguir aproximar-se do OVNI, que aparentemente estava ainda mais distante. Em dado momento, o controlador pergunta ao piloto se ele tem registro do objeto no seu radar de bordo.

COpM: Tem algum contato no radar?
JB-17 [Tenente Kleber]: Aguarde!
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. No momento sem contato radar. Mas, há cerca de 1 minuto atrás, eu liguei o radar e obtive o contato radar, Ok? Aproximadamente 10 para 12 milhas (entre 18 km e 22 Km de distância).
COpM: Ciente. Às suas 12 horas.
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. Agora, no momento, o radar está ligado, e não há contato no radar, Ok?
COpM: Ciente. Mas continua tendo contato visual, positivo?
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. E está se adentrando ao mar, cada vez mais, Ok?
COpM: Ciente.

Efeitos Eletromagnéticos

Neste momento, quando se encontrava a mais de 210 Km de distância da Base Aérea de Santa Cruz, alguns instrumentos de navegação aérea e orientação do avião começaram a apresentar falhas ou interferências. O instrumento ADF (Automatic Direction Finder) é um indicador automático de direção, que recebe emissões eletromagnéticas de uma fonte geradora. No caso dos caças F-5, o emissor estava instalado na Base Aérea de Santa Cruz e iria indicar a posição da base, permitindo o retorno seguro do piloto ao aeródromo, no final da missão. Enquanto estava em perseguição ao UFO, sobre o mar, o instrumento indicava que a Base estava 10º a 20º a direita da posição correta. Outro instrumento que apresentou falha foi o DME (Distance Measuring Equipment), que mede a distância em relação à base de partida ou destino da aeronave. Quando o caça estava 209 Km da base, o DME indicava que a base estava a aproximadamente 64 Km de distância. Sentindo que as medições dos instrumentos não estavam corretas, Tenente Kleber questionou seu controlador de voo que lhe passou os dados corretos, orientando o piloto.

JB-17 [Tenente Kleber]: Sabe estimar a distância de Maloca?
COpM: Aguarde.
COpM: Ok. Maloca 130 milhas, na proa 80.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente.
COpM: Ok. Confirme. Ele permanece às suas 12 horas?
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. Permanece às 12 horas.
COpM: OK Rojão. Queira confirma… Está alto, mantendo, ou evoluindo em altitude?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. No momento parece ter estabilizado. Eu estou mantendo nível 200 e ele deve estar no 250 para 300, ou talvez mais alto, devido à distância.
JB-17 [Tenente Kleber]: Tenho minha posição de cabine aqui, quase no mesmo nível, Ok? Um pouco alto.
COpM: Ciente.

 

Exatamente às 23 horas, o Tenente Kleber continuava em perseguição ao UFO, ainda sobre o mar. O objeto, que estava à sua frente acelerou, curvando à esquerda e subindo rapidamente. Novamente os instrumentos de bordo apresentaram falhas, apresentando dados errados de distância e posição da aeronave. O instrumento DME indicava que a Base Aérea de Santa Cruz estava a aproximadamente 35 km, à esquerda do caça, quando na verdade estava a 257 km, na direção oposta.

JB-17 [Tenente Kleber]: Confirma se tem contato no radar, aí, desse plote?
COpM: Ok. Não tenho contato no radar, Ok?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. Eu estou mantendo proa e o objeto está iniciando curva pela esquerda, Ok? Pela esquerda.
COpM: Ciente. Persiga.
JB-17 [Tenente Kleber]: Rojão.
COpM: Ele continua evoluindo em proa, ou já definiu alguma?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. Ele… Eu estava na proa 230, Ok? Eu estou estabilizando, no momento, para a proa 220. Ele estabilizou nessa proa.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Estou no nível, no momento, 230, quase no nível dele, Ok? Pela visual de cabine.
COpM: Dá pra estimar a relação de deslocamento no tempo, dele?
JB-17 [Tenente Kleber]: É um pouco difícil devido às referências, Ok? Aparentemente, ele está quase estabilizado em nível, e fazendo poucas evoluções agora no… Aguarde um minuto.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. Ele fez mais uma evolução no sentido vertical, Ok?
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Confirme a distância de Maloca.
COpM: Ok. A 170 milhas, na proa 70. Ok?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Eu tenho indicação no meu ponteiro de VOR, na proa, Ok, 36 milhas.
COpM: Maloca?
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. Indicação VOR, na proa, no momento, 37 milhas. O ponteiro está variando, Ok?
COpM: Negativo. Maloca está a 172 milhas, agora, na proa 70.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Quero que fique registrando isso. Instrumento de bordo, 39 milhas de Maloca, registrando, no momento, na antena 260 para 220.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: No momento, nível 270, Ok?
COpM: Ciente. Ele continua fazendo evoluções em altitude?
JB-17 [Tenente Kleber]: Aparentemente sim, ok? É um pouco difícil de precisar isso aí, devido à distância. Mas eu estou no nível 270, e ainda não consegui definir bem quando me encontro no mesmo nível que ele, Ok?
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Estou com o radar varrendo em 20 milhas, sem nenhum contato.

O Tenente Kleber mantinha a direção e velocidade, na tentativa de aproximar-se do objeto. Ambos já estavam a 27 mil pés (aproximadamente 8,2 Km) de altitude e ainda subindo. A este ponto, o militar ainda avistava o UFO, que alternava nas cores vermelha, branca e verde, de forma bem definidas, mas não tinha registro dele, no radar de bordo do caça. A perseguição continuou até atingir 32 mil pés (algo em torno de 9,75 Km de altitude).

COpM: Rojão. Confirme contato visual com o objeto.
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo.
COpM: Ciente. Possibilidade de dar algumas características do objeto? Como… cor da luz…
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. O Rojão, há pouco, ele tirou a fixação do objeto e para ver se havia algum problema de fixação, Ok? E observou a coloração do objeto vermelha, Ok? Piscando luz vermelha, verde e branco, Ok? Essas três colorações ficaram bem definidas.
COpM: Ciente. Objeto às suas 12 horas? Tem possibilidade de confirmar a distância?
JB-17 [Tenente Kleber]: Negativo, no momento, Ok? O radar varrendo 20 milhas. Nenhum contato.
COpM: Ciente.

 

Aeronave Estrangeira?

Às 23h05, ocorreu um diálogo interessante entre o controlador de voo e o piloto:

COpM: Ok Rojão. Queira confirmar se as evoluções efetuadas pelo objeto são passíveis de uma aeronave?
JB-17 [Tenente Kleber]: Senhor?
[pausa]
JB-17 [Tenente Kleber]: Quem é que está dando sopa por aqui?
JB-17 [Tenente Kleber]: Dá pra notar, né?
COpM: Ok. Recebido só a portadora. Queira confirmar?
JB-17 [Tenente Kleber]:

 

OK. Estou informando que, aparentemente, não deve ser uma aeronave, OK? Um avião, devido à performance dele… No que diz respeito à velocidade, OK? E também, pelo local que ele está voando, OK?
JB-17 [Tenente Kleber]: Confirma se entendeu?
COpM: Entendido.
JB-17 [Tenente Kleber]:

 

OK. Se fosse, por acaso, um avião de nacionalidade estrangeira, OK? Não estaria dando sopa por aqui.  Deveria haver outros contatos com reabastecimento, ou algo parecido.
COpM: Ciente.

 

O diálogo mostra mais uma vez a tentativa dos militares, em buscar explicações e dados que confirmassem possíveis hipóteses. Com a aproximação dos caças a informação podia ser obtida em primeira mão, no calor dos acontecimentos. O questionamento do Controlador de Voo buscava confirmar a possibilidade de tais objetos serem aeronaves militares ou de espionagem, de algum país estrangeiro, em incursão pelo espaço aéreo brasileiro. Para o Tenente Kleber, essa pergunta soou um tanto estranha e talvez até um pouco absurda, como se nota no tom de voz, um pouco impaciente, naquele momento. Mas apesar de afirmar categoricamente que não acreditava que isso fosse algum tipo de aeronave de outro país, ele não a descartou completamente, pois ainda reconheceu essa possibilidade durante os diálogos, minutos depois. Ao retornar para a Base, em seu relatório, o piloto solicitou que fosse verificada a possibilidade de haver algum porta-aviões estrangeiro, próximo ao litoral brasileiro naquele momento, conforme relatou à Revista Força Aérea, em 2002:

“Eu tive contato visual e contato eletrônico. Era algo sólido. Dizem que naquele lugar há muita anomalia magnética, mas eu não acredito que seja isso. As anomalias têm movimentos irregulares, aleatórios. No meu relatório, eu pedi que fosse averiguado se havia algum porta-aviões próximo à costa, ou alguma aeronave que poderia estar sobre o nosso espaço aéreo, efetuando contramedidas eletrônicas, o que permitira colocar um plote nos radares. Nada do que eu presumi foi confirmado. A partir daí, afirmar que acredito em OVNIs, ou que aquilo era, de fato, um OVNI, já é outra coisa. Cada um vai tecer a sua opinião. Acho que esse Universo é muito grande para que só nós existamos nele. Seria muito egoísmo da nossa parte acreditar nisso, mas a verdade é que ficamos sobre uma linha muito tênue. Era a posição que eu tinha na época, o avião que eu estava voando, e todas as minhas crenças. Então, eu prefiro me referir apenas à parte técnica”.
[Tenente Kleber Caldas Marinho – Jambock-17]

 

Após o diálogo com o controlador de voo, referente à possibilidade de ser uma aeronave terrestre, o piloto continuou sua missão tentando aproximar e identificar os misteriosos objetos captados pelos radares. Devido à distância da base e à forte interferência nos instrumentos de bordo, o controlador de voo orientou o piloto para o retorno seguro à base.

JB-17 [Tenente Kleber]: O Rojão está no nível 300, Ok? Ele ainda não atingiu o nível. Está com conta corrente 20. Indicação de 188 milhas de Maloca.
COpM: Thor Ciente.
COpM: Ok, Rojão. Recebo agora a 205 milhas de Maloca. Proa pra Maloca, 70. Curve pela esquerda, proa 070.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Passo a informação que, mais uma vez, o DME de bordo indica 35 milhas na antena norte, Ok?
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Estou iniciando curva pela esquerda.
COpM: Ok Rojão! Nos afastamos até 210 milhas de Maloca. O ponto de onde retornaremos, Ok?
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente. Confirma a proa pro Rojão?
COpM: Confirme, operador?
JB-17 [Tenente Kleber]: Confirma a proa pro Rojão?
COpM: Proa 070.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. 070.
COpM: Ok, Rojão! Acenda as luzes de navegação. Rojão, retorne!
JB-17 [Tenente Kleber]: Estou na escuta. Prossiga!
COpM: Ok! Reacenda luzes de navegação.
JB-17 [Tenente Kleber]: Rojão, entendido! Rojão está estável. 70.
COpM: Ciente, mantenha!
JB-17 [Tenente Kleber]: Armamento está desligado.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Está mantendo o nível 320.

 

Enquanto Tenente Kleber voava em direção ao continente, alvos não identificados eram captados pelos radares da Força Aérea Brasileira. Às 23h12, o controlador solicita ao Tenente Kleber que faça uma busca visual em busca de um destes objetos, que naquele momento se encontrava à sua esquerda, a pouco mais de 40 km de distância. Enquanto o piloto faz a busca solicitada, o controlador o questiona sobre o objeto anteriormente visualizado.

COpM: Ok, Uno Sete. Faça uma procura visual no seu setor de 9 horas, 25 milhas.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ciente.
COpM: Mantendo proa 70.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok!
COpM: Uno Sete, Retorne.
JB-17 [Tenente Kleber]: Prossiga!
COpM: Ok. Mais uma vez, confirme se os procedimentos que o Jambock 17notou no objeto anteriormente visualizado pelo Uno Sete, se esses procedimentos são fisicamente possíveis para uma aeronave.
JB-17 [Tenente Kleber]: Afirmativo. Fisicamente possíveis.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Ok. No setor de 9 horas, o Uno Sete não observa nada, Ok? Exceção de um pequeno clarão em meio a uma área muito escura.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Detalhe: Mas a dimensão está um pouco reduzida.
COpM: Ok. Confirme.
JB-17 [Tenente Kleber]: O Uno Sete, no setor de 9 horas, conforme foi solicitado, alto, nenhuma observação. Em baixo, o 17 vê um pequeno clarão, Ok, 9 horas. Baixa. Possivelmente, um pequeno lugarejo. Mas que se destaca bastante em relação ao solo.
COpM: Ciente.
JB-17 [Tenente Kleber]: Sem movimento. Não tem nenhuma luz de reflexo, Ok? É só um clarão, só.
COpM: Ciente. As luzes do objeto anteriormente perseguido, também eram fixas, positivo?
JB-17 [Tenente Kleber]: Negativo, Ok? Elas estavam…. Não em flare. Elas piscavam, Ok? E deu, por um instante, determinar as três cores conforme informadas. A verde, a vermelha e a branca, Ok?
COpM: Ciente.

 

Enquanto seguia seu voo, o Tenente Kleber mantinha comunicação com o controle de voo e reforçou a estranheza do fato envolvendo as falhas dos equipamentos de bordo.

JB-17 [Tenente Kleber]: Confirma a distância de Maloca?
COpM: No momento, a 51 milhas de Maloca. Confirme como está seu marcador.
JB-17 [Tenente Kleber]: Sem indicação ainda, Ok? Tarjeou tudo aqui dentro. Uno Sete, quando estava a 180 milhas de Malorca, conforme o Thor me informou, ele tinha indicações de um ponteiro na proa de Malorca… Informando… Na proa do objeto, Ok? Defasado em, mais ou menos, 20 graus, e indicava no DME, 39 milhas, Ok? 39 para 34 milhas.
COpM: Ciente. Ok, Uno Sete. Verificando a informação anterior de distância de Maloca, 140 milhas, Ok?
JB-17 [Tenente Kleber]: 140 milhas. Ciente, Uno Sete.

 

Já era por volta de 23h15 e o controlador de voo orientava o piloto para o retorno seguro à Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde ele pousou às 23h37. O voo do Jambock 17 foi o único a obter contato visual e pelo radar de bordo, além de radares em solo, de um objeto não identificado, que tinha o tamanho aproximado de um Boeing 747 (algo em torno de 75 metros) e que voava em altíssima velocidade, em movimento ascendente e em dado momento realizando movimentos em zig-zag.

Trajetória de voo do Tenente Kleber, em sua missão na noite de 19 de maio de 1986. Em 1, a Base Aérea de Santa Cruz. Em 2, após decolar, o piloto seguiu para a região de São José dos Campos (SP). Em 3, ao chegar na região, fez buscas visuais, para tentar avistar os misteriosos objetos. Em 4, o piloto observou luzes e por ordem do controlador de voo checou o armamento., passando a modo rojão. Em 5, o objeto mudou sua trajetória, seguindo rumo ao mar, sendo seguido pelo controlador. Em 6, a perseguição continua várias dezenas de milhas mar a adentro. Em 7, alguns equipamentos de bordo apresentaram falhas, devido à forte interferência eletromagnética. Em 8, o piloto abandona a perseguição e retorna para o continente. Em 9, ele recebe o chamado para retornar à base.

 

No canal Jackson Camargo, você encontra a reconstituição dos voos de quatro dos cinco caças que decolaram para interceptar UFOs na Noite Oficial dos OVNIs. Abaixo, você pode assistir, segundo a segundo, a missão de interceptação do Jambock-17.

 

Dias depois, o piloto participou da histórica coletiva de imprensa, narrando sua experiência à imprensa nacional.

Tenente Kleber Marinho, participando da coletiva de imprensa, narrando sua experiência na noite de 19 de Maio de 1986.

 

 

Referências:


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  8. Relatório Manuscrito da Força Aérea Brasileira; Telex da Base Aérea de Anápolis para o Comdabra; relatório de voo e relatório dos pilotos envolvidos. Arquivo em PDF com 27 páginas (9.50 MB).
  9. Relatório do Tenente Hugo Nunes Freitas, Chefe controlador do COpM I, para o Chefe da Seção de Informações do COpM I. Arquivo em PDF com 4 páginas (1.65 MB).
  10. Ofício nº 07/OOP/C-130, de 29 de maio de 1986, com encaminhamento de documentos e gravações, emitido pelo Comandante do CINDACTA I para o o Comandante do COMDA. Arquivo em PDF com 11 páginas (3.29 MB).
  11. Ofício nº 001/SCOAM/C-046, emitido pelo comandante da Base Aérea de Anápolis, Coronel João Fares Neto, para o Comandante do COMDA, contendo quatro relatório, sendo de 3 pilotos de caça e de um controlador de voo. Arquivo em PDF com 5 páginas (1.95 MB).
  12. Relatório pessoal do Capitão Márcio Jordão, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com uma página (421 Kb).
  13. Relatório pessoal do Tenente Kleber Marinho, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 2 páginas (362 Kb).
  14. Relatórios de voo, de caças que decolaram em missão de interceptação aos OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 7 páginas (2.14 MB).
  15. Despacho nº 022/A2/C-376, relatando fatos ufológicos ocorridos em setembro de 1986, envolvendo pilotos da FAB. Arquivo em PDF, contendo 9 páginas (2.84 MB).
  16. Relatório Mensal do COpM, de agosto de 1986, contendo transcrição de ocorrências ufológicas registradas pelo CINDACTA I, e dois questionários feitos à testemunhas. Arquivo em PDF contendo 17 páginas (4.54 MB).
  17. Ofício nº 11/OOP/C-199, de 14 de julho de 1986, contendo relatos, depoimentos e transcrições do livro do Ajudante de Chefe Controlador do COpM, envolvendo registros de OVNIs em maio e junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 19 páginas (4.27 MB)
  18. Informe nº 005/SI/86-CINDACTA II, de 5 de junho de 1986, referente à aparecimento de OVNI próximo à cidade de Bandeirante (PR). Arquivo em PDF, com 1 página (483 KB).
  19. Relatório de avistamentos ufológicos registrados pela FAB nas noites seguintes à Noite Oficial. Arquivo em PDF, com 12 páginas (2.63 MB).
  20. Ofício nº 006/A-2/C-046, do Comandante do III COMAR, contendo relatórios de avistamentos ufológicos na região de Uberaba, em 5 e 28 de Agosto de 1986. Arquivo em PDF contendo 3 páginas (1.30 MB).
  21. Telex contendo relato de avistamento na costa do Espírito Santo, em agosto de 1986. Arquivo em PDF, contendo 2 páginas (494 KB).
  22. Transcrição do Livro de Ocorrência Operacional do Ajudante Chefe Controlador, com relato de avistamento de piloto de caça em Junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 2 páginas (774 Kb).
  23. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (1). Arquivo em PDF, contendo 4 páginas (6.06 MB).
  24. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (2). Arquivo em PDF, contendo 8 páginas (9.34 MB).
  25. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (3). Arquivo em PDF, contendo 5 páginas (8.85 MB).
  26. Documento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, emitido com base em informes da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Contém duas páginas (136 KB).
  27. REIS, Carlos Alberto. Voltam os Discos Voadores (e com intensidade máxima)!. Revista PSI-UFO nº 1, p. 29 à 31. Setembro de 1986.
  28. GRANCHI, Irene. OVNIS Entre o Céu e a Terra: Não se tapa o Sol com a peneira!!! Revista PSI-UFO nº 1, p. 32 à 35. Setembro de 1986.
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  46. CURY, Rafael. Discos Voadores e a FAB. Revista Realismo Fantástico nº 6,  p. 26 à 28.  Julho de 1995.
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  85. SILVA, Ozires. A decolagem de um sonho: História da Criação da Embraer. São Paulo: Lemos Editorial, 1998.
  86. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  87. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  88. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  89. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  90. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  91. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  92. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  93. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  94. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  95. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  96. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  97. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  98. Gravações da Noite Oficial: Fita 7 – Lado A – Gravações telefônicas diversas
  99. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  100. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  101. ROCHA JR, J. S. Invasão de Tráfego Aéreo em 1986. Revista UFO, nº 55, p. 27. Novembro de 1997.
  102. EQUIPE UFO. Entrevista com Brigadeiro Sócrates Monteiro. Revista UFO, 163. Março de 2010
  103. Reportagem do programa Fantástico da Rede Globo exibido em 22/05/2016.

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