O Caso Algeciras

Por: Fenomenum Comentários: 0

Comerciante observou um disco voador pousado, às margens de uma rodovia, na região de Algeciras, província de Cadiz, na Espanha. Dentro do objeto havia vários tripulantes.


Neste artigo:


Introdução

Juan González Santos era um morador da cidade de Algeciras, na província de Cádiz, na Espanha. Na manhã de 12 de março de 1981, ele carregou sua camioneta Ebro com laranjas, alfaces e tomates encomendados pela hospedaria Sancho. Por volta das 10h30 ele iniciou o trajeto, rodando pela estrada secundária El Cobre, nos arredores da cidade. Logo, ele chegou ao cruzamento com a estrada geral 340, que liga Algeciras à Cádiz, iniciando a subida pela faixa da direita.

Aproximadamente 3 quilômetros depois ele deparou-se luzes estranhas, no lado esquerdo, ao lado da estrada, e atrás de algumas árvores presentes a beira da rodovia. Imaginando tratar-se de um caminhão acidentado ele diminuiu a velocidade e parou seu veículo no acostamento.

Mapa da região de Algeciras, província de Cadiz, Espanha, onde o caso ocorreu.

 

A curva da estrada, no primeiro local de parada, onde Juan Gonzáles tentou observar o aparelho.

 

Sem descer do veículo ele olhou, por alguns segundos, percebendo que não havia marcas de freada brusca na pista nem estradas descendo até o local das estranhas luzes. Resolveu então fazer o retorno e estacionar no outro lado da rodovia para ver melhor.

Ao parar o veículo, ele desceu e aproximou-se da borda da rodovia, descendo o declive. Em meio à vegetação ele percebeu que no local havia um aparelho, a aproximadamente 30 metros de distância, muito diferente de um caminhão.

Ele ficou olhando o misterioso aparelho por alguns minutos até que o galho em que se apoiava quebrou-se. Ele resolveu voltar para sua camionete e descer por outro lado, desviando da cerca de arame farpado que impedia seu avanço. Ele seguiu com seu carro, alguns metros à frente, onde havia uma estrada lateral, para uma rádio local. Ali havia um portão que permitia acesso ao campo onde o objeto estava pousado. Ele passou por este portão e seguiu cautelosamente em direção ao objeto.

A testemunha, junto ao posto de observação às margens da rodovia. Ao fundo, um desenho com a reconstituição do objeto.

 

Em sua aproximação, ele não ouviu qualquer som vindo objeto, mas percebeu que ele irradiava luminosidade. Ele avançou aproximadamente 50 metros até chegar à uma mureta de pedras, a 25 metros de distância do aparelho. Ele tinha a forma semi-esférico, com aproximadamente 2 metros de altura  e estava apoiado sobre três pés que tinham também aproximadamente 2 metros de altura. Ao redor do aparelho ele percebeu 5 janelas redondas, sendo que a central era maior que as demais. Abaixo desta janela havia um símbolo, semelhante à uma suástica.

Em 1, o local de pouso do estranho aparelho. Em 2, o local de observação da testemunha, junto à mureta de pedra.

 

Representação do aparelho observado, segundo os relatos de Juan Gonzáles Santos.

 

Detalhe do símbolo observado próximo à janela principal do aparelho.

 

Eu tinha vontade de saber que tipo de geringonça era aquela. Assim, apoiei as mãos sobre o muro e me preparei para saltar por cima. Mas não consegui. Pela parte de cima da máquina saíram duas hastes que dispararam dois ou três relâmpagos. O fato é que estas luzes me deixaram meio cego. E uma dor aguda tomou conta de toda esta parte” [região frontal da testa].

A testemunha Juan Gonzales reproduz o momento em que tentou saltar pela mureta de pedra para chegar próximo ao misterioso aparelho.

 

Aqueles relâmpagos eram tão fortes que comecei a lacrimejar. Levei as mãos ao rosto, tentando recuperar a visão, para poder me concentrar naquele aparelho. Como estou dizendo, tinha começado a sentir uma dor intensa na parte de cima das sobrancelhas. Assim, não tive outra opção senão parar e esperar alguns instantes, para ver se conseguia recuperar a visão. Mas a única coisa que conseguia ver eram luzinhas o bolas luminosas, como quando se olha direto para o Sol. Então, eu disse a mim mesmo: ‘Puta que pariu! Que será isso?’. Fiquei quieto, e, logo depois quando recuperei a visão, tentei pular o muro uma segunda vez. Mas não houve jeito. Aquela geringonça, fosse russa, americana, espanhola, ou sei lá de onde, disparou mais um “relâmpago” na minha direção. Senti a mesma dor aguda na testa e outra vez me apareceram aquelas “bolinhas” luminosas. Estava claríssimo que os ocupantes daquela coisa não queriam que eu me aproximasse“.

Desenho feito a partir do relato da testemunha.

 

O motorista resolveu permaneceu no muro, apenas observando o objeto e pôde perceber a presença de tripulantes dentro do aparelho.  Segundo a testemunha eram em quatro ou cinco tripulantes, de aparência humana. Todos usavam uma espécie de capacete e vestiam traje de cor marrom. Um deles ficou posicionado na janela central, aparentemente atento aos movimentos da testemunha. Os demais executavam algum tipo de atividade no interior do objeto.

Juan Gonzáles permaneceu observando o aparelho e seus tripulantes ao longo de aproximadamente 15 minutos. Em dado momento, ele tentou acendeu um cigarro e por mais que tentasse, seu isqueiro não funcionava. Nesse momento, ele ouviu um chiado e ao olhar para o objeto percebeu que uma pequena escada metálica surgiu na sua parte inferior.

Testemunha reconstitui o momento em que tentou, em vão, acender um cigarro.

 

Animado com esse fato e com a possibilidade de algum desses tripulantes descer do objeto ele tentou pular novamente a mureta de pedras. E novamente o flash luminoso o atingiu, provocando novo ofuscamento e dor em sua testa.

Representação de um dos momentos em que a testemunha tentou pular a mureta de pedra para aproximar-se do estranho objeto.

 

Ao se recuperar novamente, Juan Gonzáles continuou observando a estranha cena. Em dado momento ele ouviu novamente o chiado e viu a escada recolhendo-se na parte inferior do aparelho. Pouco depois, os suportes de sustentação se recolheram da mesma maneira e o objeto pairou estático no ar, emitindo um leve silvo. Pouco depois, o objeto elevou-se a aproximadamente 20 metros de altura e acelerou em direção à serra ao norte, desaparecendo rapidamente.

Desenho dos suportes de pouso e da escada, segundo o relato da testemunha.

 

Investigações Posteriores

O caso logo chegou ao conhecimento de Juan Andrés Gómez Serrano, então chefe da Polícia Municipal de Algeciras e também ufólogo. Ele imediatamente informou o pesquisador e escritor Juan José Benítez  ambos iniciaram a investigação do caso.

Inicialmente, ambos coletaram pessoalmente o depoimento da testemunha do caso, não encontrando qualquer inconsistência ou contradição. A entrevista forneceu aos pesquisadores detalhes mais precisos do objeto observado.

À esquerda Juan Gonzáles, protagonista deste caso. À direita, o ufólogo Gomez Serrano, um dos primeiros ufólogos a investigar o caso.

 

Gomez Serrano – E qual a cor desse aparelho?

Juan Gonzáles – Era Branco.

Gomez Serrano – Brilhava?

Juan Gonzáles – Não. A única coisa que refletia o sol eram os rebites ao redor da janela maior. Esse olho de boi tinha na frente uma espécie de visor de vidro, que girava no sentido dos ponteiros do relógio. Não sei se seria um tipo de proteção, ou o que…

Gomez Serrano – Não estou entendendo. Viu um segundo visor de vidro?

Juan Gonzáles – Sim. E girava numa velocidade muito grande, sobre o  outro, fixo. Era bastante fácil de distinguir, não só pela velocidade em que girava, mas porque, além disso, parecia estar sujo, o que o colocava em destaque sobre o vidro fixo.

Gomez Serrano – Por acaso viu algum encanamento ou saída de gases?

Juan Gonzáles – Não, senhor. Quando o aparelho ergueu-se do solo, só ouvi aquele sopro forte, como a saída de um jato de ar.

Gomez Serrano – Levantou poeira?

Juan Gonzáles – Não. O terreno estava úmido por causa da chuva…

Gomez Serrano – Sentiu algum cheio diferente?

Juan Gonzáles – Eu diria que havia no ar um cheiro de queimado… Pois era algo parecido ao cheiro forte de fios queimados.

Gomez Serrano – Mas viu fogo?

Juan Gonzáles – Nada. Nem labaredas, nem fumaça. Aquela coisa levantou de maneira bastante limpa.

Gomez Serrano – Falando em cores, de que raça poderiam ser os ocupantes do OVNI?

Juan Gonzáles – Tenho a impressão de que eram brancos, embora tivessem a pele bastante bronzeada.

Gomez Serrano – O senhor diria que são habitantes deste mundo?

Juan Gonzáles – Eu não saberia o que dizer…

Gomez Serrano – Qual é sua opinião sincera?

Juan Gonzáles – Sei lá… Era uma máquina bastante estranha. Também achei estranhos aqueles escafandros.

Gomez Serrano – Poderiam ser russos ou norte-americanos?

Juan Gonzáles – Acho que não. O que poderiam estar fazendo ali, no meio do campo? Além do mais, nunca ouvi falar de nenhum aparelho terrestre que seja capaz de mover-se sem ruído e que além do mais, possa desaparecer com tanta rapidez.

Gomez Serrano – Desaparecer?

Juan Gonzáles – Sim, quando o objeto se levantou do chão, partiu na direção da serra e desapareceu.

Gomez Serrano – Não estou entendendo direito: ele se afastou ou desapareceu de repente?

Juan Gonzáles – Desapareceu.

Gomez Serrano – Então, não se aproximou do lugar onde o objeto estava pousado?

Juan Gonzáles – Não, senhor.

Gomez Serrano – Então não sabe se deixou marcas no chão?

Juan Gonzáles – Não.

Gomez Serrano – Nunca mais voltou àquele campo?

Juan Gonzáles – E porque faria isso?

 

Retrato falado dos tripulantes observados neste caso.

 

Após a intensa entrevista os pesquisadores e a testemunha foram até o local onde conduziram detalhada investigação, encontrando o local de pouso do misterioso aparelho. Rapidamente eles encontraram um orifício, possivelmente produzido pelos suportes do misterioso objeto. Pouco depois, encontraram um segundo orifício, a uma distância de 4 metros do primeiro.

Os pesquisadores concentraram a busca pelo terceiro orifício, que foi encontrado a 4,20 metros dos demais. O desnível existente naquele ponto (entre 4 e 5 graus) fez com que um dos pés da nave se projetasse alguns centímetros mais que os outros, deixando o objeto estabilizado horizontalmente. Cada orifício tinha 10 cm de diâmetro, com profundidade de 9 centímetros.

Juan Gonzáles Santos (à esquerda) e o ufólogo Francisco Peña, no lugar onde foram descobertas três marcas deixadas pelo OVNI. A foto foi tirada a partir da barreira de eucaliptos junto à rodovia federal.

 

Em duas das marcas, os suportes metálicos da nave deixaram “arranhões” no terreno. Nesta imagem feita com uma objetiva “macro” de grande aproximação e indicadas com a ponta de uma caneta, podemos ver algumas das arestas.

 

As três marcas eram idênticas: 10 de diâmetro e 9, 8,75, e 9 centímetros de profundidade.

 

Juan Gonzáles Santos e Francisco Peña mostram as duas folhas amassadas por um dos pés de apoio do OVNI e que ainda conservavam a curvatura do trem de pouso da nave.

 

 

Duas folhas amassadas pelo trem de pouso da nave. No detalhe, em preto e branco, a forma do trem de pouso do objeto, para comparação.

 

 

O ufólogo José Antonio Caravaca, na mureta de pedra, tendo ao fundo um desenho, reconstituindo o avistamento..

 

 

O ufólogo José Antonio Caravaca analisando o local de pouso do objeto.

 

 

À esquerda, Juan Gonzáles, protagonista do caso. Ao centro, o ufólogo José Antonio Caravaca. À direita o ufólogo Pablo Vilarrubia Mauso. Fotografia tirada no local de pouso do objeto, anos depois do caso.

 

Correlação com outros casos?

Durante a fase de entrevistas, o ufólogo Gomez Serrano mostrou à testemunhas diversas fotografias de OVNIs pedindo que ela apontasse para o objeto que mais se assemelhasse ao que ele havia visto. Ao observar uma fotografia de um possível disco voador pousado, ele apontou e disse:

“Assim! Assim era o objeto que eu vi!”

A referida fotografia foi obtida em 1963, na cidade italiana de Gênova, que foi enviado anonimamente ao jornal italiano Domenica del Corriere, em 23 de Junho de 1963, sem nenhuma informação adicional. Segundo a testemunha, embora a parte superior do objeto fotografado seja um pouco diferente, os suportes do objeto e a escadinha fotografada eram idênticos. Em 1967, na região do Cáucaso, outras testemunhas relataram o mesmo tipo de objeto fotografado na Itália.

Curiosamente, o objeto fotografado na Itália guarda muitas semelhanças com o objeto descrito no caso de abdução de Antônio Villas-Boas [Clique aqui para acessar o caso]. A forma geral do objeto, bem como os detalhes descritos são em alguns aspectos descritos pelo abduzido.

Já os tripulantes observados por Juan Gonzáles remetem ao caso Herbert Schirmer. Na ocasião, o policial rodoviário Herbert Schirmer teve um contato imediato com tripulantes de um disco voador, que usavam um traje semelhante, embora de cor acizentada, ao relatado no caso de Algeciras.

Fotografia enviada ao jornal Corriere de la Serra, em 1963. Esta fotografia divide a comunidade ufológica internacional, com parte dela considerando-a como uma foto legítima e parte a considerando uma fraude.

 

Comparação entre o suposto disco voador fotografado e o descrito por Juan Gonzáles Santos.

 

 

Comparação entre o suposto disco voador fotografado e o descrito por Juan Gonzáles Santos.

 

 

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