
SBEDV - Pesquisa - Transcrição do Boletim da SBEDV n° 30 - agosto/1962 e fevereiro/1963
Em Ufologia, honestidade é tudo. Ao copiar material deste site cite a fonte, assim como fazemos em nosso site. Obrigado!
Introdução
A Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores, fundada em 1957, foi uma das primeiras instituições de pesquisa ufológica brasileira. A entidade investigou os mais importantes casos da Ufologia Brasileira de maneira séria e incisiva. Tendo linha notadamente científica, a SBEDV considerava o fenômeno OVNI como de caráter benigno e de origem extraterrestre. Suas pesquisas de campo eram divulgadas através de Boletins especializados, publicados entre 1957 e 1982. O presente artigo foi compilado a partir do Boletim da SBEDV n° 30, de agosto de 1962 e fevereiro de 1963.
O Diário de Minas, nos dias 26 e 28 de agosto de 1962 e a Última Hora também do dia 28, todos de Belo Horizonte, bem como no dia 29, a Tribuna da Imprensa, Luta Democrática e o Jornal, desta Capital, em reportagem ilustrada com fotografias, noticiaram: em localidade distante cerca de 30 Km de Diamantina, lugar ermo, próximo (40 minutos a pé ainda de Biribiry), um meno de 12 anos (R.M.A.) ao sair de casa, entre 6 e 7 horas da manhã, deparou com duas bolas, diâmetro aproximado de 40 cm, colocadas no chão, em frente à porta de sua casa. Chamou o pai, Rivalino Mafra que, ao se aproximar das tais bolas, segundo informa o garoto, foi envolvido por forte redemoinho de ar que, levantando o pó, dificultou-lhe a visão. Entrementes seu pai desaparecera, segundo pode verificar, quando serenou o movimento do ar. Dizem, ainda, os jornais que o Delegado de Polícia procurou em vão descobrir o paradeiro de Rivalino Mafra e providenciou a realização de testes psicológicos para verificar que razões encobririam as afirmações do menor.
Naturalmente que a SBEDV não conservou indiferente diante destas notícias: dirigimo-nos a Diamantina em duas ocasiões diferentes. A primeira em 3 de setembro, duas semanas após o desaparecimento de Rivalino e a segunda no período de 6 a 19 de dezembro de 1962.
O drama do menor que já era órfão de mãe e, repentinamente, privado do convívio paterno por um lado e por outro, inesperadamente, centro de atenção e controvérsia não só do público como da imprensa e de freqüentes interrogatórios da imprensa falada e escrita, passou a preocupar as autoridades. Acreditamos que, movido pelo desejo de protegê-lo foi que o Sr. Juiz de Diamantina determinou a internação do menor em um instituto do Estado.
Mas, também, devemos reconhecer que esta controvérsia e curiosidade do público e da imprensa se tornaram fator de inegável valor na difusão do estranho acontecimento.
A propósito do desaparecimento de Rivalino contou-nos o Sr. Francisco Prata, seu amigo, que era seu hábito, aos domingos, caçar paca nos córregos vizinhos, entretanto na sua casa foram encontrados chapéu, rolo de fumo, canivete e carteira o que faz supor uma saída imprevista. Também a atiradeira do menor permanece na casa abandonada, como a indicar a pressa dos que dela saíram.
Afirmou-nos ainda, Francisco Prata que Rivalino era pessoa normal, sem vícios ou inimigos, acrescentando que naquela região não há crime organizado, apenas passional.
O motorista Pio Miranda que nos levou a primeira vez a visitar a cabana de Rivalino foi o mesmo que lá conduziu o menor, bem como as autoridades e repórteres ocasião em que se pôde ver ainda uma roda (1,5 metros de diâmetro), num chão limpo como se tivesse sido varrido, cerca de 1,5 m a 2 m da porta da casa. Veja-se a fig. 2b, onde se vêem abóboras que marcam a posição das bolas no lugar do famoso redemoinho.
Não constituiu tarefa fácil para nós entrevistar o menor. Só em dezembro, quando já retornávamos ao Rio conseguimos fazê-lo, por deferência especial do Dr. Jazon Aller Garcia.
Neuropsiquiatria não é nossa especialidade. Entretanto, pudemos observar que o menino se manteve absolutamente coerente com as afirmações de que já conhecíamos através dos jornais.
Deu-nos , ainda pormenores: desenhou as duas bolas achatadas (2e) de diâmetro aproximado de 40 cm, uma preta e outra listrada de branco e preto, ambas com um "rabinho", para baixo, de 2 cm. Estas bolas se chocaram repentina e automaticamente, quando seu pai delas se aproximou. Não se ouviu barulho e apenas um chiado e levantamento de pó que lhe obscureceu a visão por uns 5 segundos, conforme pudemos calcular pela narrativa do menor. Conta ele, ainda, que estranhas ocorrências levaram pai e filho a velar e conversar a noite toda.
Em seguida ao desaparecimento do pai, o menor e seus dois irmãos pequenos, apavorados, foram morro acima e se refugiaram em casa de uma vizinha, contando-lhe o que havia acontecido.
A princípio não deu ela importância, o que só fez mais tarde à vista da insistência da afirmativa dos meninos.
Registre-se que, relacionado ao caso de Biribiri, foi verificada a presença de discos voadores nos céus de Diamantina, dois dias antes do desaparecimento de Rivalino Mafra.

Pesquisador da SBEDV, em visita ao local do fato. Duas abóboras ao chão indicam a posição dos objetos no momento em que foram observados inicialmente

Desenho confeccionado pelos pesquisadores da SBEDV a partir do depoimento de Raimundo Mafra

De pé, da esquerda para a direita: Paulo Ávila, José Domingos, Paulo Duarte, Fabiano Pimenta e Dona Antonieta Motta. Agachados, na mesma ordem, Francisco Machado, Erimar Couto (Bocage), meio escondido, Rômulo Rocha e Waltinho Silva [Fonte: Blog Arraial do Tijuco]
Conheça este caso mais detalhadamente acessando nosso menu
abaixo:
![]() |
Resumo do Caso Relatório de Pesquisa do CICOANI, elaborado pelo veterano ufólogo Hulvio Aleixo que investigou o caso |
![]() |
A Pesquisa da SBEDV Relatório de Pesquisa da SBEDV, elaborado por Walter Buller |
Comentários (4)



Gostaria de saber se o CICOANI ainda existe ?
