Em Abee, Alberta, Canadá, uma menina avista um disco voador que emite luz que a cega temporariamente, além de causar danos à vegetação local.
Neste artigo:
Transcrição de trecho do Livro UFO – Observações, Aterrissagens e Sequestros, de Yurko Bordachiuk
Introdução
A pequena cidade de Abee fica a cerca de sessenta milhas ao norte e a leste de Edmonton, em Alberta, Canadá. Por volta das 15h30. Em 16 de julho de 1969, logo após uma tempestade, Sylvia, de 10 anos, estava na varanda da frente da casa, voltada para o leste quando experimentou uma perda temporária de visão, depois de ter olhado, diretamente, para o trem de aterrissagem de um UFO muito brilhante que se achava a menos de dez pés de distância” (1). Como uma prova corroborativa, a nave também causou danos às folhagens próximas ao local de observação.
O episódio teve lugar a 16 de julho de 1969, cerca das 15:30 hs da tarde, perto da cidadezinha de Abee, situada a sessenta milhas nordeste de Edmonton. Após a observação, Ashley Pachal e Gilbert Funk, da Sociedade de Ufologia de Edmonton, dirigiram-se para Abee, onde entrevistaram a principal testemunha, Sylvia Annola, e seus pais, Mr. e Mrs Edwin Annola. Aqui temos a transcrição da entrevista:
Silvia: Eu estava lendo quando ouvi este barulho. Corri para a porta e escancarei-a e… (vi) essa coisa enorme e cinzenta acima do poço. Ele estava quase pousando e as luzes na parte de baixo como que me cegaram.
Pachal: Havia luz do dia então?
Silvia: Havia.
Pachal: Estas luzes pareciam com o que?
Silvia: Bem, elas eram apenas um brilho, de luz… muito brilhante.
Pachal: De que cor era?
Silvia: Prateada.
Pachal: Só havia luzes embaixo ou todo o objeto brilhava?
Silvia: Todo o objeto brilhava um pouquinho, mas as luzes embaixo eram realmente ofuscantes. Eram apenas umas coisinhas redondas de luz.
Pachal: Estavam perto da borda do objeto ou mais para o centro.
Silvia: No meio da parte de baixo.
Pachal: Quer dizer que as luzes estavam no centro; não havia nenhuma luz em volta das bordas. Poderia descrever um pouquinho o objeto?
Silvia: Bem, ele se parecia com um chapéu.
Pachal: As bordas eram arredondadas ou arestadas?
Silvia: Arredondadas.
Pachal: Que tipo de chapéu?
Silvia: Bem, igual a uma cartola.
Pachal: Os cantos eram pontiagudos?
Silvia: Não.
Pachal: Na parte de cima havia alguma coisa parecida com uma cabina ou qualquer outra coisa?
Silvia: Não
Pachal: Havia alguma antena ou qualquer outra coisa saindo dele?
Silvia: Não.
Pachal: Quer dizer que tudo quanto viu foi esse objeto com as luzes embaixo… Muito bem, você viu esse objeto descendo, agora poderia nos dizer o que fez então?
Silvia: Bom, depois que pensei que ele tivesse ido embora e estava cega, entrei e contei tudo a mamãe e, enquanto isso, eu batia de encontro a todas as coisas.
Pachal: Está bem… mas acho que andamos um pouquinho rápido demais nesse pedaço. Você viu o objeto descendo e … correu para fora. A que distância ficou quando chegou mais perto dele?
Silvia: Oh… cerca de dez pés.
Pachal: Ele estava bem em cima de você, ou ao seu lado?
Silvia: Bem acima e afastado de mim.
Pachal: Entendo. E estava olhando diretamente para a luz?
Silvia: Sim, estava.
Pachal: Já viu alguma vez uma lâmpada de flash fotográfico ou um soldador elétrico?
Silvia: Já.
Pachal: Você diria que ela era tão brilhante quanto um soldador elétrico?
Silvia: Mais brilhante.
Pachal: … e diz que ficou cega?
Silvia: Sim.
Pachal: Por quanto tempo, mais ou menos?
Silvia: Hum… uma meia hora.
Pachal: Depois disto seus olhos doeram alguns dias?
Silvia: Sim.
Pachal: (dirigindo-se aos pais). Um de vocês gostaria de acrescentar alguma coisa…? Edwin Annola (pai) Encontrava-me numa das dependências externas e podia ouvir… bem, na verdade, pensei… lá embaixo, na colina, há uma mesa de aço com um torno. Muitas vezes prendeu coisas ali e começava a limá-as, o senhor entende, era para imitar o que eu fazia. Escutei aquela espécie de ziu…ziu…ziu…ziu…ziu… e depois pareceu-me que a velocidade tinha aumentado até que ficou fazendo ziu ziu ziu ziu ziu e então pensei com meus botões: ela deve estar realmente fazendo alguma coisa por lá. E então o barulho sumiu e foi que ela viu o disco voador nesse meio tempo.
Bom, depois que ele desapareceu nós… estávamos todos de pé ali, e… podíamos escutar vozes… sons parecidos com um rádio de duas faixas… havia uma patrulha da polícia estacionada na esquina, a mais ou menos uma milha de distância daqui, pois tinha havido um acidente na esquina. Agora, se este UFO e o desastre têm algo em comum não sei, mas de qualquer maneira, o motorista do carro saiu da rodovia, atravessou a via de acesso e foi direto de encontro a um poste telefonico: morreu instantaneamente.
Mrs. Annola (mãe): Ele já estava morto antes de se chocar com o poste.
Edwin Annola (pai): Assim afirmaram eles. Mas a questão é esta: o carro estava bastante longe, mas com as janelas abaixadas podíamos ouvir cada palavra dita no rádio de duas faixas, pois o ar estava tão eletrificado, ou claro, seja lá como quiser classificar: Aquele som se ouvia de longe. (Foi sugerido que talvez o rádio estivesse ligado aos autofalantes externos).
Pachal: …e o senhor acha que isto poderia ter acontecido praticamente no mesmo momento.
Edwin Annola (pai): O desastre e a observação do UFO devem ter acontecido ao mesmo tempo.
Mrs. Annola (mãe) Ela disse que o objeto parecia vir do norte e o carro estava indo para o norte.
Pachal: O motorista do carro talvez tenha avistado o objeto e, ao prestar atenção, ele saiu da rodovia.
Edwin Annola (pai) Sentimos falta do nosso cachorro… mas ele nunca fugia de casa, realmente nunca, desde que estivéssemos em casa. Então entrei num meia-tonelada (caminhão) e andei por todos os lados que possa imaginar, mas nada do cão. Ele atende à campanhia da bicicleta quando está brincando no campo ou algo assim… Tentamos a campanhia… nada. O cachorro tinha desaparecido. Então precisei sair, oh… digamos uma meia hora mais tarde depois de ter acontecido isto, e deparei com ele todo encolhido sob um portão. Ele adorava passear de carro. Abri a porta e chamei: “Tanny, venha”. Ele não foi capaz de se mexer. Foi preciso que eu descesse, o pegasse e opusesse dentro do veículo. E quando chegamos aqui ele não parou de olhar a sua volta e saiu correndo do carro, o que não costumava fazer de forma alguma.
Pachal: Bom, estes objetos emitem, ao que sabemos, sons muito agudos que os cães podem ouvir, e isto incomoda-os. Acho que deve ter sido isto que aconteceu.
G. Funk Estes objetos também lhes proporcionam uma experiência desagradável e assustadora. Em vários relatos que ouvimos havia referências ao fato de os animais assumirem, quase sempre, uma atitude estranha e ficarem acovardados ou apavorados… É bastante interessante e importante que o senhor tenha nos relatado isto.
Pachal: O que o seu cão fez é um pouco mais do que os cachorros costumam fazer. Muitos deles ficam cheios de medo mas não abandonam a casa… o seu o fez.
Edwin Annola (pai) Ele saiu de casa. Isto é certo, ele abandonou a casa… E ele não era aquilo que se diria… um cão medroso, de modo algum. Ele lutava por seus direitos, o senhor entende, e ninguém aqui o maltratava, mas desta feita ele saiu de casa e não queria mais voltar. Do poço, ali adiante, ele decolou seguindo um rumo norte-oeste e o rastro… bom ele elevou-se para alcançar as copas das árvores e estas ficaram queimadas, sabe?… o senhor poderia ter visto, quero dizer, nós as mostramos para uma porção de gente. E as folhas, elas secaram nas árvores, entende? E ali ficaram durante todo o inverno.
Os danos causados à vegetação, tanto no nível do solo como ao nível das copas, é um dos efeitos colaterais mais comumente relatados e relacionados com a presença dos UFOs. Contudo, a maioria dos danos parece ter sido causada a partir de uma exposição ao calor, que se acredita seja uma radiação microondas. Neste caso em particular, ignora-se se as folhagens foram ou não submetidas a análises.
Notas do Portal Fenomenum:
(1) 10 pés de distância: 3,48 metros
Com informações de:
- BONDARCHUK, Yurko. UFO – Observações, Aterrissagens e Sequestros. Tradução de Wilma Freitas Ronald de Carvalho. São Paulo: Ed. Difel, 1982.
- PACHAL, Ashley. When a UFO came to Abee. Flying Saucer Review – Case Histories, nº 15, p. 17-18, Junho de 1973.
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