Avistamentos em Clifton Campville

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Em dezembro de 1977, a região de Clifton Campville foi palco de avistamentos ufológicos envolvendo crianças.

Na Ufologia Mundial existem diversos casos tendo crianças como testemunhas. A investigação de casos desta natureza apresentam aspectos interessantes que os tornam especiais e exigem um esforço maior de análise, visando identificar os aspectos fantasiosos, comuns em narrativas infantis. Dada a pureza infantil, uma criança não mente deliberadamente.

Quando o relato de uma criança pode ser comparado com o de outras testemunhas, tanto infantis quanto adultas, é possível obter detalhes mais apurados do caso investigado. Além disso, se o relato vier corroborado por provas e impactos emocionais teremos então um panorama mais completo do fato.

Em dezembro de 1977, nas vizinhanças de Clifton Campville, um vilarejo situado 8 Km ao norte de Tamworth, em Staffordshire, Inglaterra, ocorreram dois fatos ufológicos dignos de nota. O primeiro avistamento ocorreu em 7 de dezembro, tendo como testemunhas quatro pessoas. Pauline Broadhurst, mãe de uma das testemunhas, e as crianças Allison, Wendy e Peter, todas com menos de 10 anos de idade, na ocasião. Eles retornavam, a pé, para Lullington quando, por volta das 16 horas, observaram uma luz alaranjada aproximando-se pelo Leste. Ela chamou a atenção das crianças para o estranho objeto. Todos continuaram a caminhar, olhando para o misterioso aparelho que parecia um pouco mais brilhante do que a lua cheia quando vista em condições ideais.

O objeto mantinha baixa velocidade, mas constante. Repentinamente, o objeto mudou sua trajetória e seguiu paralelamente à estrada, voando a aproximadamente 20 cm de uma cerca, que na época tinha quase um metro de altura. O aparelho seguiu sobrevoando a cerca ao longo de 100 metros até desaparecer repentinamente. Segundo a senhora Broadhurst era como a luz fosse simplesmente desligada. Nenhum efeito eletromagnético ou fisiológico foi percebido pelas testemunhas e nenhum som foi ouvido. Naquele momento, já escurecia e fazia muito frio, com temperaturas próximas à 0º C.

O segundo avistamento ocorreu em 12 de dezembro, por volta das 16h30 e envolveu quatro testemunhas, todas crianças. Sally Johnson, Linda Broadhurst, Gina Ward e Lynne Watkins estavam cuidando do pônei de propriedade Sally no campo da família de Ward, ao Sul de Clifton Campville.

Sally havia acabado de montar sobre o animal, quando Lynne observou um misterioso objeto metálico, em forma de disco, aproximando-se pelo Norte. Ao avistar o objeto, Sally assustou-se e caiu do pônei, que mostrou-se assustado.

Rapidamente o objeto, que tinha em torno de 2.5 metros de diâmetro, passou a aproximadamente 6 metros acima do grupo, permitindo às crianças observarem vários detalhes. Em sua parte central havia duas áreas, nas cores vermelha e azul. Na parte superior havia duas luzes piscantes e cilindros acinzentados. Na parte inferior havia uma protuberância curvada, feita do mesmo metal do resto do aparelho. Havia também quatro protuberâncias como se fossem sapatas para pouso do aparelho.

Durante a observação, as crianças ouviram um zumbindo insistente, semelhante ao de uma colmeia. Além disso, o aparelho fazia um movimento de rotação, em completo silêncio, no sentido anti-horário. Após passar sobre as crianças o objeto seguiu na mesma direção de onde veio, descendo próximo à um bosque. Em seguida, disparou para o céu e desapareceu em grande velocidade.

O avistamento deixou as crianças assustadas, que correram para a casa de Sally e Lynne. A mãe de Sally, espantada com o relato da filha visivelmente nervosa, telefonou para a polícia de Tamworth, que enviou um policial ao local. Sally passou mal após esse avistamento, mas pouca atenção foi dada à esse fato.

Os ufólogos Martin Keatman e Stephen Banks estiveram na região para investigar o caso. As quatro testemunhas foram entrevistadas separadamente, para assegurar um grau maior de objetividade. Além dos depoimentos, as crianças fizeram desenhos representando o que avistaram. Uma reconstituição foi feita, sendo tudo documentado pelos investigadores. As investigações junto aos órgãos de tráfego aéreo mostraram que nenhuma aeronave civil ou militar, notadamente helicópteros, sobrevoaram a região naquele dia.

Mapa da região, disponível no relatório do caso, publicado da Flying Sauver Review, V26 nº 4, de novembro de 1980.
Croqui indicando o local do avistamento, disponível no relatório do caso, publicado da Flying Sauver Review, V26 nº 4, de novembro de 1980.
Mapa atual da região onde o caso aconteceu.
Vista norte da vila de Clifton Camperville, na época do caso.
As quatro crianças envolvidas no encontro principal. Da esquerda para a direita: Linda Broadhurst, Sally Johnson, Gina Wars e Lynne Watkins.
Objeto desenhado por Linda Broadhurst.
Objeto desenhado por Sally Johnson.
Objeto desenhado por Gina Ward.
Objeto desenhado por Lynne Watkins.
Baseado no padrão comum dos relatos das testemunhas, o ufólogo Martin Keatman fez o que seria a versão correta do objeto.

Referências:


  • Revista Flying Saucer Review, V26 nº 4, de novembro de 1980.

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